90% das mulheres sonham com cirurgia plástica, indica pesquisa
Partes do corpo que elas mais gostariam de mudar são o abdômen e a mama, diz pesquisa feita pela UVV em parceria com A Tribuna
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A busca por um corpo esteticamente bonito e “perfeito” não vem de agora. Na Grécia antiga já havia registros do culto ao corpo esculpido, que se manifestavam em obras de arte e competições atléticas.
De lá para cá, muita coisa mudou com a ajuda da medicina. Mas o desejo de ostentar um corpo bonito só aumenta. Prova disso é que 90,6% das mulheres têm como “sonho de consumo” realizar uma cirurgia plástica.
O resultado foi revelado em pesquisa feita pelo Laboratório de Pesquisa da área de Humanas da UVV, em parceria com o jornal A Tribuna.
“O procedimento estético hoje, principalmente a cirurgia plástica, é um desejo recorrente entre as mulheres por estar relacionado à autoestima e à estética pessoal. Percebemos que as mulheres gostariam, sim, de trazer uma renovação para o corpo e se sentir bem em relação à sua própria estrutura física. Isso mexe com o emocional e a avaliação que a mulher faz de si mesma”, avalia o coordenador da pesquisa, o professor da UVV Fabrício Azevedo.
A parte do corpo que mais as mulheres gostariam de mudar é o abdômen, com 80,5%, revelando o desejo de se submeter a uma abdominoplastia.
A vontade de aumentar a mama (71,1%) ocupa a segunda posição, seguida do desejo de mudar o nariz (68,7%) e lipoaspirar o corpo inteiro (66%). Para 64,1% das entrevistadas, aumentar o bumbum (64,1%) é um dos grandes sonhos.
A pesquisa confirma o que, segundo o cirurgião plástico Cristiano Simões, já é visto nos consultórios: abdômen e mama são as áreas do corpo que mais as mulheres desejam mudar.
“Desde as mulheres jovens que querem aumentar o volume da mama, até as mulheres que já tiveram seus filhos e que hoje querem melhorar ou recuperar a silhueta de antes da gestação”, explica.
O cirurgião plástico Ubirajara Martinelli destaca que, em pacientes mais jovens, as cirurgias mais procuradas são mamas, lipoescultura e abdominoplastia. “A paciente, com mais de 50 anos, tem a preocupação com o rosto. Então, temos procuras diferentes, de acordo com a idade”.
O cirurgião plástico Ariosto Santos destaca que o desejo em mudar o corpo tem muita relação com o fato do Brasil ser um país tropical.
“É possível perceber até mesmo o aumento na quantidade de academias pelo País. Isso ocorre pela exposição do corpo, favorecida pelo clima, fazendo com que mais pessoas busquem pela cirurgia para se sentirem confortáveis com seu corpo”.
Foco na aparência e na autoestima
O fator que mais influencia as mulheres a terem vontade de se submeter a uma cirurgia plástica é o desejo de melhorar a aparência (33,5%), que quase empata com a questão de melhorar a autoestima (33%).
Há casos, por exemplo, em que mulheres buscam pela plástica, após passarem pelo processo de separação.
“Tem pacientes que nos procuram após um processo doloroso de divórcio e acreditam encontrar no centro cirúrgico a autoestima. Sempre conversamos muito quando elas confidenciam essa situação, pois a cirurgia plástica é para elas se sentirem bem. O processo do pós-operatório não é fácil, inclusive, elas precisarão estar com o emocional legal”, destaca o cirurgião plástico Cristiano Simões.
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