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Brasil

Lula defende incentivo para quem prestar Enem e seguir carreira de professor

Presidente chamou ainda os salários de "merreca", e que a profissão já foi considerada nobre, mas hoje está sendo destruída


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Imagem ilustrativa da imagem Lula defende incentivo para quem prestar Enem e seguir carreira de professor
Lula defendeu a criação de um programa de incentivo para quem prestar Enem e decidir seguir carreira de professor |  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) defendeu nesta quarta-feira (16) a criação de um programa de incentivo para quem prestar Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e decidir seguir carreira de professor.

Lula chamou ainda os salários de "merreca", e que a profissão já foi considerada nobre, mas hoje está sendo destruída, porque ninguém mais quer seguir a carreira. Por isso, disse que discutirá o tema quando retornar dos BRICS, na Rússia, para onde viajará semana que vem.

Lula chamou ainda os salários de "merreca", e que a profissão já foi considerada nobre, mas hoje está sendo destruída, porque ninguém mais quer seguir a carreira. Por isso, disse que discutirá o tema quando retornar dos BRICS, na Rússia, para onde viajará semana que vem.

"Lembro que quando aprovamos o piso salarial dos professores, muitos governadores não quiseram pagar porque diziam que não tinham dinheiro. Olha que é um salário merreca para alguém que toma conta de 40 crianças dentro de uma sala de aula ou de 50. (...) Essa profissão que já foi nobre está sendo destruída porque nós descobrimos que ninguém mais quer ser mais professor", disse.

"Nós vamos ter que criar um programa de incentivo para alunos que prestaram o Enem fazerem um curso para se transformarem em professores. Porque ganha muito pouco, tem muito trabalho e as pessoas não querem", completou.

A declaração foi feita durante cerimônia de assinatura do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar, o "Alimento no Prato", e do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, no Palácio do Planalto. O evento ocorre no dia mundial da alimentação.

O Alimento no Prato terá 29 iniciativas. Dentre elas, o programa Arroz da Gente. O governo vai investir R$ 1 bilhão para a compra de até 500 mil toneladas de arroz. A ideia é incentivar a produção e a formação de estoque do grão.

Já o plano de agroecologia vai reunir ações para fortalecimento de cadeiras produtivas de orgânicos e agroecológicos.

O presidente falou ainda, em seu discurso, que quando assumiu, tinha 33 milhões de pessoas passando fome, mas conseguiu tirar 24,5 milhões desta situação. A ideia é que todos saiam, até o final do seu governo.

"A gente fica estarrecido com número que 733 milhões de seres humanos que vão dormir toda noite sem ter o que comer. É inexplicável. Pode dizer que existe seca, excesso de chuva, tudo o que quisermos, mas a verdade, a única explicação para a existência da fome é irresponsabilidade de quem governa", disse, sob aplausos.

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