Botijas de gás: quatro integrantes do governo foram nomeados para o Conselho de Administração da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro |  Foto: Canva

Quatro integrantes do governo Lula foram nomeados no final de 2023 para o Conselho de Administração da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro.

Os ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos) e José Mucio (Defesa), o assessor internacional Celso Amorim, e o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, foram indicados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que tem 34,55% do capital da empresa, privatizada em 1997, e cujo nome fantasia é Naturgy.

Jeitinho

Dos indicados, apenas Mucio, que presidiu uma empresa de energia em Pernambuco, tem alguma experiência na área. Eles participaram já de duas reuniões, em novembro de 2023 e fevereiro deste ano. Cada um recebe R$ 19.461 por mês. A nomeação de servidores para conselhos é uma prática tradicional de governos, para engordar salários.

Arco-íris

O BNDES diz que a legislação “não impõe como requisito a experiência prévia do conselheiro no setor específico de atuação da companhia, prestigiando, ao contrário, a diversidade”. “A diversidade de perfis é fundamental na composição do Conselho de Administração das companhias, por permitir que se beneficiem da pluralidade de argumentos e de um processo de tomada de decisão com maior qualidade e segurança”, diz o banco.

Em alta

A proposta feita pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad na reunião do G20 em São Paulo, na semana passada, de taxar os super-ricos, deve melhorar seu cartaz junto a setores de esquerda que torcem o nariz para o discurso de austeridade fiscal. A ideia é popular nos setores progressistas, e não apenas no Brasil.

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Com isso, Haddad repete um movimento feito frequentemente pelo presidente Lula: reforçar a defesa de pautas de esquerda na política externa, o que dá uma compensação para a base do PT, insatisfeita com excesso de moderação e alianças com o centro e a direita.

Gato…

Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), dizem que a emenda que fixa mandatos para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), defendida por ele, depende de apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para começar a ser tocada pelos senadores.

...escaldado

A articulação conjunta é necessária para que o desgaste junto à Corte não recaia somente sobre o Senado. Um dos exemplos lembrados é a emenda que limita decisões individuais de ministros do STF, aprovada em novembro pelos senadores e que, desde então, não andou na Câmara.

Festa junina

Candidato a presidente em 2022, quando teve 0,07% dos votos, Padre Kelmon diz que definirá em breve a qual partido vai se filiar para disputar a Prefeitura de São Paulo. Segundo ele, a opção que vinha sendo especulada como mais provável, o PRD – surgido a partir da junção de PTB e Patriota? está descartada. Uma alternativa é abrigar-se em uma sigla nanica de direita, como PMB, PRTB ou DC.

Ilha da magia

Em campos opostos na eleição em São Paulo, Psol e PSB estão em conversas adiantadas para um acordo em Florianópolis (SC). A tendência é união das legendas em torno da candidatura do deputado estadual Marquito (Psol). A aliança pode contar ainda com o PDT. Já o PT ensaia apresentar nome próprio.