A grande família
Coluna foi publicada nesta terça-feira (26)
Folha de São Paulo
O PL colocou Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como protagonista de inserções de TV veiculadas no mês passado no Vale do Ribeira, berço da família no interior de SP. O objetivo é pavimentar o caminho para uma candidatura dele nas eleições de 2026.
Na peça, Renato brinca que é um “genérico” de Jair e relembra que trabalhou como assessor do atual presidente da Assembleia, André do Prado (PL). Ele foi exonerado do cargo após acusação de ser funcionário fantasma.
Espólio
Em outubro, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, disse que Renato poderá ser candidato ao Senado em 2026. Outra possibilidade é disputar vaga de deputado federal, caso Eduardo Bolsonaro (PL) busque mandato de senador. Assim, poderia herdar os votos do sobrinho para a Câmara.
Ambição 1
O União Brasil, que estabeleceu como meta eleger cerca de 700 prefeitos em 2024, ?hoje tem pouco menos de 600. Para isso, deve criar no começo do ano um grupo de trabalho, com um coordenador eleitoral responsável por cada uma das cinco regiões do País. A legenda, surgida em 2022 da fusão de DEM e PSL, deverá ter novo comando a partir de maio.
Ambição 2
Atual vice-presidente, Antônio Rueda assumirá a presidência, no lugar do deputado federal Luciano Bivar (PE). O partido espera filiar diversos prefeitos antes da eleição. Para isso, no entanto, enfrenta a concorrência de outros partidos de centro, como MDB e PSD.
Cenários 1
Levantamento feito com 12 analistas pelo Barômetro do Poder, ligado ao site InfoMoney, mostra que a maioria acha que a meta fiscal, atualmente de déficit zero, será alterada pelo governo Lula até março do ano que vem. Em relação ao tamanho da mudança, 73% veem a nova meta em déficit de 0,5% do PIB, e 18% enxergam alteração ainda maior, para déficit de 0,75% do PIB.
Cenários 2
Para 45% dos analistas, Lula vai influenciar positivamente a eleição municipal, mesmo percentual dos que acreditam que o impacto será moderado. Em relação a Bolsonaro, 55% veem influência moderada e 18%, positiva. Além disso, 64% afirmam que o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ocupará o espaço de Bolsonaro após a inelegibilidade.
Pula fogueira
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou em sua última sessão do ano projeto que considera as festas juninas patrimônio cultural imaterial do Brasil. O projeto, do deputado Ruy Carneiro (Podemos-PB), tramitou em caráter terminativo e agora vai diretamente para o Senado.
Contra-ataque
O PT lançou no início de dezembro uma cartilha para combater fake news veiculadas contra o partido em redes sociais e aplicativos de mensagens. O partido decidiu alçar o tema a uma de suas prioridades no ano eleitoral de 2024. Na última quinta (21), a própria presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, gravou um vídeo conclamando a militância partidária a se engajar no tema. “A extrema direita continua com sua máquina de mentiras”.
Trucagem
A cartilha orienta dirigentes dos partidos, sobretudo em cidades menores, a criarem uma central de denúncias via WhatsApp. O partido também diz que é preciso não acreditar em manchetes bombásticas que não são sustentadas pelo texto e recomenda tomar cuidado com montagens. Um exemplo é a imagem que inseriu o autor da facada em Bolsonaro numa manifestação de apoiadores de Lula.
Link
O PT promoverá em 2024 iniciativas para marcar os 60 anos do golpe de 1964. Braço do partido, a Fundação Perseu Abramo pretende fazer seminários, editar livros e digitalizar material de arquivo, realçando o papel do PT na redemocratização. A efeméride fará um elo com o momento atual, relembrando as ameaças à democracia no período Bolsonaro e os atos de 8 de janeiro.
Espaço
A ida de Flávio Dino para o STF levará à sua desfiliação do PSB e vai abrir uma vaga na Executiva do partido. Atual ministro da Justiça, ele é vice-presidente para Movimentos Sociais da legenda. Na prática, o posto tem pouco poder de fato e é uma deferência política a líderes da legenda. Também ocupam vice-presidências do PSB o prefeito de Recife, João Campos, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Luz
Entidade que representa os tribunais de contas do Brasil, a Atricon defende projeto de lei que estabelece que notas fiscais emitidas por órgãos da administração pública a prestadores de serviços particulares sejam de acesso livre, sem constituir violação do sigilo fiscal. A medida foi proposta em dezembro por iniciativa do deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP). O objetivo é aumentar a transparência do gasto público.
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Painel,por Folha de São Paulo