Carlos Lupi viajou para acompanhar o Fluminense, seu time de coração, na final do mundial de clubes |  Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, viajou para o Mundial de Clubes na Arábia Saudita com passagens e hospedagem pagas pela Fifa e sem autorização oficial do presidente Lula (PT) para deixar o País. Torcedor do Fluminense, ele deve acompanhar a final contra o Manchester City nesta sexta-feira (22). Lupi foi o único ausente da reunião ministerial de quarta-feira (20). Após contato do Painel, sua assessoria afirmou que ele vai ressarcir ao erário o salário referente aos cinco dias de viagem.

O Fluminense me domina

Viagens oficiais de ministros precisam de autorização da Presidência, publicada no Diário Oficial. O documento é necessário para que seja nomeado um substituto interinamente. Segundo autoridades a par da situação, Lupi encaminhou o pedido de autorização alguns dias antes de viajar, na última sexta (15), mas não recebeu resposta. Aliados afirmam que Lula não quis assinar o decreto.

Laranja e banana

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não escondeu a irritação nos últimos dias com a defesa feita por líderes partidários de que o fundo eleitoral no ano que vem fosse de R$ 5 bilhões, mesmo patamar da eleição do ano passado. Ele defendeu o mesmo valor da eleição municipal de 2020, R$ 2 bilhões, corrigido pela inflação. O argumento é que os pleitos municipal e nacional são diferentes, e que por isso os gastos não podem ser equivalentes.

Nem pro cheiro

Os cerca de R$ 2,27 bilhões propostos pelo governo para o Fundo Nacional de Segurança Pública no projeto da Lei Orçamentária Anual são insuficientes para investimentos robustos na área, avalia o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Tadeu Alencar. Isso mesmo com aumento de 9,1% sobre o ano passado.

Troco

Segundo o secretário, metade dos recursos é repassada para estados e é preciso ainda descontar despesas como as operações permanentes da Força Nacional. “Quando você tira tudo isso, você fica com R$ 600 milhões para investir na segurança pública. Isso é muito pouco para um país do tamanho do Brasil”, diz ele, que lembra que o crime organizado vem se sofisticando.

Dia da infâmia

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que promoveram manifestações pela democracia durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), farão ato em frente o Masp, na avenida Paulista, no dia 08 de janeiro, às 17 horas. O objetivo é marcar o primeiro aniversário da invasão da praça dos Três Poderes, em Brasília. Na capital, outro evento reunirá Lula, ministros, governadores e as cúpulas do Legislativo e do Executivo.

Resistência 1

O Itamaraty lançou na quinta-feira (21) um número especial da revista Juca, organizada pelos alunos do Instituto Rio Branco desde 2006. A publicação havia sido interrompida durante o governo Jair Bolsonaro (PL), para abafar possíveis artigos incômodos à política externa do ex-presidente. A edição reúne textos das turmas que não publicaram suas edições na gestão passada.

Resistência 2

Na apresentação da publicação, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, critica o "silêncio imposto aos jovens colegas" nos “quatro anos anteriores ao terceiro mandato” de Lula. Ele agradece e parabeniza os que se mantiveram “altivos e engajados” na revista.

Desenrola

A Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo pediu ao governo federal anistia no pagamento de juros de empréstimos do setor contraídos junto a fundos oficiais durante a pandemia. O pleito foi feito ao ministro das Micro e Pequenas Empresas, Márcio França. A entidade afirma que metade das empresas devedoras compromete mais de 30% das despesas mensais com dívidas. O setor diz representar 2 milhões de empresas e gerar 6 milhões de postos de trabalho.

Selo

Os Correios estabeleceram como meta em seu plano estratégico a inserção de 40% de mulheres e 30% de negros em todos os níveis de gestão até o final de 2024, uma iniciativa inédita na história da estatal. “Estamos atuando para tornar nossa empresa mais justa e inclusiva e, assim, contribuir para a equidade também no Brasil”, afirma o presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos.

Pioneira

Precursora da defesa da tarifa zero de ônibus na cidade de SP, a deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) avalia positivamente a iniciativa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de implementar o passe livre aos domingos. Ela diz, porém, que o projeto tem limitação financeira e depende de articulação nacional para que seja sustentável. A ex-prefeita tentou introduzir a medida em 1991, mas não teve apoio dos vereadores. Como parlamentar, ela apresentou emenda para criar financiamento permanente para o benefício.