Braço forte
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (06)
Folha de São Paulo
O assassinato dos três médicos na Barra deu novo impulso dentro do PL à candidatura do general Braga Netto à prefeitura do Rio no ano que vem. Ex-interventor na segurança pública no estado, ele é o nome preferido no partido para a disputa.
A avaliação é que o tema terá destaque na campanha, mesmo não sendo da alçada municipal. A maior resistência vem do próprio Braga Netto, que reluta em assumir a missão. Mas a aposta interna é que aos poucos o general será convencido.
Bandeira
No PL, chamou a atenção a manifestação do general sobre o crime, que não se limitou às condolências aos parentes dos mortos. Ele também disse que “é imperativo voltar a tratar da questão de segurança pública como prioridade nacional e com a seriedade que merece”. “Esse crime bárbaro resetou a eleição no Rio de Janeiro”, diz o ex-secretário de Comunicação de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten.
Ombro amigo
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) conversou logo cedo por telefone com seu colega Cláudio Castro (PL-RJ). Solidarizou-se e se dispôs a auxiliar nas investigações. Acionado, o secretário Guilherme Derrite (Segurança Pública) enviou equipes dos Departamentos de Homicídios e de Inteligência da Polícia Civil.
Falácia
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirma que a defesa de que a pasta seja dividida em duas é uma polêmica falsa e entra em contradição com todo o esforço de integração das inteligências feito pelo governo Lula (PT). “O que define a eficiência é a política. A política que a gente está construindo”, afirma.
Cep errado
O endosso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a ofensivas da oposição contra o STF é visto no tribunal como jogo de cena para agradar senadores de oposição. Seria também um erro estratégico, por atacar a Corte quando o foco principal de insatisfação do mineiro estaria no governo. A avaliação é que Pacheco estaria querendo dar uma satisfação à Casa num momento em que os deputados têm tido mais protagonismo na distribuição de cargos pelo Executivo.
Alternativa
Em reunião ontem do Grupo de Trabalho criado para discutir a reforma sindical, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que as entidades patronais que hoje comandam o Sistema S podem ter que começar a dividir estes recursos e a gestão deles com as de trabalhadores. Seria uma forma de dar fôlego financeiro a elas num momento de impasse sobre a volta da contribuição sindical. O sistema é alimentado por impostos sobre as folhas de pagamento de empresas.
Forca
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), diz que a intenção do governo Lula (PT) de descumprir os percentuais mínimos de investimento em saúde pode desestabilizar o funcionamento do setor e aumentar o aperto sobre estados e municípios. Possível candidato a presidente em 2026, ele diz que prefeitos e governadores já estão “com a corda no pescoço” por causa da redução do ICMS sobre combustíveis.
Faca
“Eu entendo a dificuldade dos ministérios da Saúde e do Planejamento para poder organizar as contas do governo federal. Mas a gente tem que fazer o ajuste pelo lado das despesas desnecessárias, e não um corte de R$ 20 bilhões na Saúde”, afirma.
Tarefa
Presidente da Câmara Municipal de SP, Milton Leite (União Brasil) disse a líderes partidários nesta quinta-feira (05) que a privatização da Sabesp terá que incorporar o problema da despoluição das represas Billings e Guarapiranga e seus córregos. Ele afirma que a questão terá que ser tratada como passivo da estatal na venda.
Papel passado
Vereadores e deputados estaduais e federais do PSDB de São Paulo pedem a validação da convenção do partido na capital, de 17 de setembro. O evento reelegeu Fernando Alfredo para presidir o diretório paulistano, mas foi invalidado pelo comando nacional tucano. “As instâncias partidárias de São Paulo merecem nosso respeito, como ocorre desde a fundação do nosso partido”, diz texto de parlamentares.
Xerife
O deputado federal Paulo Abi-Ackel (MG) será o coordenador da comissão eleitoral do PSDB para o pleito municipal do ano que vem. Secretário-geral da legenda, ele é ligado ao deputado federal Aécio Neves (MG). Sua função será garantir que as candidaturas em cidades grandes passem pelo crivo nacional do partido, como determinado pela Executiva Nacional.
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Painel,por Folha de São Paulo