Candidata a emprego denuncia discriminação
Assistente de Cariacica denunciou preconceito por ser desempregada e mãe em entrevista on-line. E já recebeu uma oferta de trabalho
	Uma assistente administrativa, que mora em Cariacica, denunciou nas redes sociais ter sofrido discriminação por ser mãe e desempregada durante seleção para uma vaga de emprego.
O recrutador, de uma empresa de tecnologia, que estava conduzindo a seletiva disse que é difícil contratar pessoas com filhos e dispensou a profissional.
Samara Braga expôs o relato nas redes sociais e ele viralizou. O caso foi tão comentado que até proposta de emprego ela recebeu. “Estou sem acreditar que exista profissional assim”, escreveu ao compartilhar a experiência.
	Sem trabalho formal há  dois meses, a capixaba se candidatou a uma vaga pela internet. Todo processo de entrevista foi on-line, mas o recrutador atrasou por quase três horas. Quando finalmente apareceu, Samara sugeriu que a entrevista fosse remarcada, pois tinha que atender a outros compromissos. 
Ao ler a sugestão feita por Samara, o recrutador  foi hostil e irônico. Para a profissional, ele respondeu: “Posso imaginar a rotina de tantos compromissos de um desempregado”, escreveu   
Ela rebate e afirma que não é porque está desempregada que precisa ficar disponível o dia inteiro, e explica que estava se organizando para levar o filho à escola.
No entanto, Samara diz que não é a primeira vez que enfrenta este tipo de preconceito. 
“Não sei se um homem passaria pela mesma situação, ser descartado apenas pelo fato de ser responsável por uma criança”.
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              Ela conta que quando a situação aconteceu, se perguntou se era crime ou não o comportamento do recrutador e se caberia alguma ação judicial. 
“Com a repercussão, muitas pessoas me procuraram nas redes sociais, e além de dividir experiências parecidas, me orientam com relação ao que pode ser feito. Estou pensando em quais medidas tomar”, diz. 
O advogado especialista em Direito Trabalhista Fernando Neves afirma que a situação foi discriminatória.
“Ela tem os prints, são provas da discriminação que ela sofreu, com esse material. Ela tem tudo que é preciso para sustentar uma denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT)”. 
Para o especialista, nenhuma vaga pode se limitar a homens e pessoas sem filhos. 
“O interesse do recrutador deve ser com relação às habilidades profissionais e não à vida pessoal do candidato”, afirma.
		
		
        
                                        
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