Boatos na internet: fake news que matam
Eduardo Pinheiro
Em época de informação viajando, em tempo real, pelos quatro cantos do mundo, o fenômeno das fake news (notícias falsas) tem preocupado e causado, cada vez mais, impactos negativos em nossa sociedade.
Essas notícias são criadas por pessoas com os mais variados objetivos, por questões políticas/ideológicas, interesse próprio em ver sua “criação” tornar-se viral, produzir algum tipo de pânico ou histeria coletiva, e tantos outros motivos mesquinhos.
Os boatos apelam para o emocional do leitor e fazem com que as pessoas consumam e compartilhem a notícia, sem antes confirmar a veracidade do seu conteúdo.
Entretanto, não se pode menosprezar as consequências futuras de uma notícia falsa, pois poderá causar reflexos sociais, econômicos ou pessoais e, inclusive causar tragédias, dependendo do teor da notícia.
Em 2019, um boato que circulou no município de Anchieta, aqui no Espírito Santo, levou uma mulher de 47 anos a ter um infarto, após receber a informação falsa da ocorrência de um massacre, na escola em que um de seus filhos estudava.
Infelizmente, a mulher não resistiu e morreu. A notícia foi amplamente divulgada, em grupos de WhatsApp de moradores daquele município.
Outro caso grave ocorreu em 2014, quando uma mulher de 33 anos foi acusada de praticar magia negra com crianças, no Guarujá, em São Paulo.
Após o boato se espalhar nas redes sociais, a mulher foi agredida na rua por populares e também morreu.
Não são poucos os relatos de notícias falsas que, de alguma forma, provocam graves impactos em nossa sociedade. Porém, vale ressaltar, que o autor do boato e até mesmo quem o compartilha podem responder criminalmente, em decorrência dos fatos que venham a ocorrer.
Portanto, as pessoas precisam entender que a internet tem enorme capacidade de repercutir qualquer que seja a informação, procedente ou não.
Assim sendo, qualquer notícia no mundo digital precisa ser encarada com cautela, pois pode ser verdadeira, mas também pode não passar de um mero boato.
Por esse motivo, a orientação que sempre fornecemos é que não se deve acreditar em tudo o que é divulgado no mundo digital, pois o conteúdo da informação transmitida pode não passar de um boato, originado de alguém com intenção de tornar o seu boato um viral.
Enfim, precisamos desligar o botãozinho do compartilhamento automático de tudo que recebemos no ambiente digital.
Na era da internet é fundamental o comportamento cauteloso, e, por uma questão de ética e de responsabilidade social, é preciso sempre buscar a confirmação de uma notícia, em um canal de comunicação idôneo e de credibilidade, assim, não correremos o risco de contribuir com tragédias no nosso dia a dia.
Vale lembrar o que a vovó sempre dizia: “Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”.
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