Teatros fechados ou em falta na maioria dos municípios
Luiz Trevisan
Efeito de um enredo que coloca em cena a crise econômica, pandemia e descaso cultural, os teatros estão ausentes na maioria dos 78 municípios do Estado. Há cerca de 30 deles – alguns sem coxia e boca de cena – 12 fechados, outros momentaneamente desativados, e poucos em atividade. Entre esses, o Sesc Glória, Senai e Sônia Cabral (em Vitória) e o Teatro de Viana. Fora da Grande Vitória, também abrem as cortinas regularmente o Fernando Torres (Guaçuí) e o Centro Cultural Casarão (Nova Venécia). Avaliação da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) aponta: agora é o momento de cativar outra vez o público, porém isso depende de interesse do poder local. Chama atenção a ausência de teatro na Serra. E as paralisações do Stênio Garcia (Mimoso do Sul), do Rubem Braga (Cachoeiro) e do Virgínia Santos (Alegre).
À espera da reforma
Mais antigo e charmoso teatro capixaba, o Carlos Gomes (Vitória) tem projeto de reforma e restauro aprovados – R$ 20 milhões com o BNDES – e previsão de iniciar obras neste primeiro semestre. O de Vila Velha passa por reforma, assim como o de Montanha, pequeno município que valoriza aquele espaço. Um traço em comum nos teatros desativados, vários depredados, é que gestores alegam depender de verba do governo estadual para reforma e equipamentos.
Se a moda pega...
A “privatização” da cachoeira de Matilde, em Alfredo Chaves, mostra o outro lado daquela beleza natural: a omissão municipal que não cuida do ativo turístico existente.
Papel mais caro
Livreiros e gráficos já estrilaram aqui em relação ao súbito aumento do preço do papel. E não há luz nesse túnel. O diretor comercial da Suzano, Leonardo Grimaldi, revela que a tendência é de mais aumento, além dos 35% registrados desde janeiro último. Aponta alguns efeitos: dificuldades de logística, paralisações para manutenção em fábricas da América do Sul, alta demanda na Europa e América do Norte, e os impactos da guerra na Ucrânia.
Mercado original...
Prevista para começar no segundo semestre deste ano, a reforma do Mercado da Capixaba, pela Prefeitura de Vitória, está orçada em R$ 10 milhões. Recupera o projeto original de 1928 e inclui revitalização do entorno. Marcelo Oliveira, da Seger, aponta: “Teremos calçadão, rua de lazer e melhor iluminação ao redor antes da obra de restauro, estimada em três anos”.
...Noel e as ostras
Esse mercado é histórico. Na década de 1930, quando esteve em Vitória para shows organizados por Alcebiades Monjardim – pai da cantora Maysa –, o compositor carioca Noel Rosa, boêmio, era visto de manhã, após noitadas, no Mercado da Capixaba devorando ostras.
Espelho do céu - Outono, tempo de percorrer o interior e dar de cara com belezas como esta paisagem em Cruzeiro de Alto Liberdade, no município de Marilândia, postada nas redes sociais pelo grupo Capixaba da Gema. Parece pintura impressionista de Monet a foto de @giulimanuadventure, feita em momento adequado para propiciar o reflexo da água.
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PONTE DA MADALENA... Obras para erguer a nova Ponte da Madalena, na Barra do Jucu (Vila Velha), estão previstas pela municipalidade para início do 2º semestre deste ano.
...MUSA DO CONGO. Famosa pela canção do congo capixaba adaptada por Martinho da Vila, a ponte desabou dia 3 de dezembro de 2017, num período de muita chuva.
PETROLEO E GÁS. Será lançada pela Findes, na próxima sexta-feira, a 5ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural. Trará projeções da produção nos próximos cinco anos.
SEM RECOLHIMENTO. Moradora de Vitória registra que tentou em vão obter da Prefeitura de Vitória informações de como descartar óleo de cozinha usado.
BOM PROGRAMA. O Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), abre as portas, de sexta a domingo próximo, para realizar a Plataforma Fartura Gastronomia. Participação de Troisgrois.
FILOSOFIA NA PANDEMIA. “Agora está faltando indulto para o... vírus”. Entreouvido por aí.
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Fonte Grande,por Luiz Trevisan