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Nomes de ruas que contam histórias

Homenagem a personalidades, referências a igrejas e momentos históricos batizam espaços no centro de Vitória


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Imagem ilustrativa da imagem Nomes de ruas que contam histórias
O historiador Marcus Vinicius Sant’Ana na avenida Jerônimo Monteiro, que já foi chamada de Rua da Alfândega |  Foto: Fábio Nunes/ AT

As ruas do centro de Vitória carregam verdadeiros legados nos nomes e poucos capixabas conhecem a verdadeira história por trás de tudo. O historiador Marcus Vinicius Sant’Ana conta que alguns nomes são bem sugestivos, e o significado não é muito instigante, mas outros carregam mistérios a se desvendar.

A avenida Jerônimo Monteiro, por exemplo, uma das principais vias do centro de Vitória, chamava-se Rua da Alfândega, de acordo com o historiador.

“Inicialmente, ela se chamava Rua da Alfândega, porque ali beirava o mar e no local existia o prédio da Alfândega. O nome da rua fazia alusão à instituição e ela ficou, por muito tempo, conhecida como Rua da Alfândega”.

Ele conta que, em 1872, a rua passou a se chamar Conde d'Eu, em homenagem ao marido da princesa Isabel.

Mudança

“Com a proclamação da República, em 1889, a avenida voltou a se chamar Rua da Alfândega. Em 1920, então, é que o nome da rua muda para avenida Jerônimo Monteiro, em homenagem ao ex-governador do Espírito Santo”, explica o historiador.

Jerônimo Monteiro governou o Estado entre 1908 e 1912. “E ele já tinha um cargo anterior a esse período, que era um cargo chamado 'advogado do Estado', e isso projetou ele a ser governador futuramente”, observa.

De acordo com o historiador, o governo de Jerônimo Monteiro foi marcado por ser um governo que acertou as finanças.

“As finanças, as dívidas que foram contraídas nos governos anteriores, principalmente de Muniz Freire. O que fica marcado é uma grande projeção, uma grande campanha de sanar dívidas. E aí ele é homenageado como uma das principais avenidas do Centro em 1920”, conta.

Além dessa, outras ruas e avenidas do centro de Vitória também carregam histórias no seu nome, como a rua Sete de Setembro, a rua Gama Rosa e a Rua do Rosário.

A rua Sete de Setembro faz alusão à data, 7 de setembro de 1822, dia em que aconteceu a proclamação da Independência do Brasil.

Já a rua Gama Rosa é uma homenagem ao capitão Luiz Gama Rosa, primeiro capitão dos portos do Espírito Santo.

E a tradicional Rua do Rosário faz referência à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, que existe no local desde o início do século 18, juntamente com uma escadaria que leva o mesmo nome.

Saiba mais

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|  Foto: Acervo AT

A Rua do Rosário faz alusão à Igreja do Rosário, que fica localizada neste espaço. Lá também existe a Escadaria do Rosário.

“A construção da igreja data do começo do século 18. Ela foi construída por escravizados. Na época, aquele era um terreno afastado do Centro e foi doado para os escravizados para que construíssem uma igreja no local. Lá, eles passaram a fazer o culto a Nossa Senhora do Rosário”, explicou Marcus Vinicius Sant’Ana, historiador.

Sobre o nome da igreja, alguns pesquisadores apontam a ligação com o rosário, fazendo alusão aos fios de contas que os escravizados usavam nas religiões de matrizes africanas.

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|  Foto: Acervo AT

A rua Gama Rosa recebe o nome em referência a Luiz Gama Rosa, capitão de fragata, primeiro capitão dos portos do Espírito Santo. Ele foi também um grande administrador da Santa Casa de Misericórdia. Na época, ele foi a maior autoridade da Capitania dos Portos do Espírito Santo.

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|  Foto: Acervo AT

A rua Sete de Setembro, no centro de Vitória, já foi chamada de Rua da Várzea. Em 1922, ela foi oficialmente nomeada como Rua Sete, em alusão ao dia 7 de setembro, dia da independência do Brasil, que aconteceu em 1822.

Em 1922, aconteceu o centenário da data e a rua ganhou esse nome em homenagem ao marco histórico. Inicialmente era uma rua residencial e, posteriormente, na segunda metade do século 20, ela passou a ser comercial. Lá foi construído um dos primeiros shoppings do Centro, que é o Shopping Sete, com a primeira escada rolante de Vitória.

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