Cátia Fonseca: “Todo dia a gente tem que se reinventar”
A apresentadora Cátia Fonseca, que comanda o “Melhor da Tarde”, fala ao AT2 sobre desafios que vive e a paixão por conversar
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Cátia Fonseca já avisou: não tem medo de mudanças. Pode ser no seu visual, pode ser no programa “Melhor da Tarde”, que ela comanda na TV Tribuna/Band. Disposição para novidades é com ela mesma!
Tanto que, lá atrás, em 1999, encarou sem medo o fato de substituir ninguém menos que Ana Maria Braga no “Note e Anote” literalmente de um dia para o outro.
Mas o início de tudo não foi “tranquilinho” para a apresentadora. “Não é tranquilo nem hoje em dia. Essa é uma carreira que a gente tem que se reinventar sempre. Com o passar dos anos, vai modificando a dificuldade, e o principal é a gente saber que todos os dias serão diferentes, e a gente sempre tem que se reinventar”, explicou em entrevista ao AT2.
Ela contou que ainda falta conquistar muita coisa em sua carreira. “Quero cada vez mais ‘sair da casinha’, fazer coisas diferentes. Há 30 anos, eu faço o mesmo estilo de programa, eu gosto, adoro fazer isso. Mas eu quero fazer coisas diferentes também. É isso que sempre me motivou desde o início da carreira”, destacou.
Mas Cátia revelou que não gosta de planejar muito seus próximos passos. “Não sou de planejar tão detalhadamente, porque, depois, se a gente planeja demais, as coisas podem não dar certo, e a aí a gente se frustra. E, frustração, a gente já vive todos os dias, de várias formas. Tem muitas coisas que ainda quero fazer”.
O programa “Melhor da Tarde” vai ao ar de segunda a sexta, a partir das 14h30, na TV Tribuna/Band.
“Sou uma superdeterminada”
AT2 - Sempre quis seguir carreira na TV ou foi por acaso?
Cátia Fonseca - Engraçado, eu nunca planejei entrar na TV. Sabe quando as coisas vão acontecendo naturalmente? Meu ex-marido trabalhava na Gazeta (São Paulo), e eu fui fazer Curso de Rádio e TV, gostei bastante, fiz outros cursos. Ele acabou sabendo que a Rede Mulher estava precisando de gente, fui lá, me ofereci e tudo começou. Não sou de planejar as coisas.
Você foi escolhida para substituir Ana Maria Braga no “Note e Anote”'. Ficou com medo?
Como aconteceu da sexta para a segunda, não deu nem tempo de ter medo. Sempre fui fã demais de Ana Maria Braga e, se eu pensasse ‘ah, eu tô substituindo a Ana Maria Braga’, aí seria muito mais difícil.
Tem algum ídolo em quem se inspira para fazer seu trabalho?
Eu tenho muitos ídolos. Ana Maria é uma delas, a Hebe Camargo sempre será. Eu tenho vários ídolos apresentadores, mas que eu admiro para assistir, não para me inspirar. Me inspira ver o quanto que as pessoas se modificam sempre, isso é muito bom. E, ao mesmo tempo, dentro daquilo que tem a ver com sua personalidade. É muita gente, mas nesse sentido, como telespectadora. Para eu seguir um caminho parecido, esse pode ser um atalho muito ruim. A gente tem que ser a gente mesmo.
Você está no “Melhor da Tarde” desde 2018. O que mudou desde a estreia?
Tudo mudou. O programa vai se modificando sempre. A gente vai caminhando de acordo com o que as pessoas querem assistir, por isso que passa por tantas situações diferentes. Tem que se permitir, e fazer o que as pessoas querem ver.
Quais são os assuntos que você mais gosta de tratar no “Melhor da Tarde”?
Eu sempre gostei de pauta médica, de culinária. Eu gosto de conversa. Eu gosto de pessoas. Então, eu gosto de todos os assuntos e de todos os temas.
Seu visual mudou bastante desde o “Note e Anote”. Como é sua rotina de beleza e cuidados com o corpo? É vaidosa?
Eu sou um pouco vaidosa, mas não aquela vaidade em excesso. Eu não tenho medo de cortar cabelo, de mudar. Acho que essas mudanças são importantes para mim. Tenho me cuidado muito mais, tenho 56 anos. Faço tratamento de pele com mais afinco do que já fazia, faço tratamento com endocrinologista. Tudo aquilo que a gente investe na nossa saúde, na beleza, vale para hoje e para o futuro.
Já passou algum perrengue ao vivo?
Nossa, já passei por milhares de perrengues ao vivo! Já aconteceu muita coisa. Graças a Deus, ninguém morreu no ar! (Risos) Mas acho que vai me dando jogo de cintura. Sabe aquela coisa de você ser obrigada a aprender a sair de uma situação difícil? Isso, para mim, foi muito bom. E isso é o que me dá a grande oportunidade de hoje ficar mais tranquila em qualquer coisa que possa acontecer ao vivo.
É uma pessoa determinada?
Eu sou uma pessoa superdeterminada, vulgo teimosa! (Risos) Quando eu quero uma coisa, eu traço planos, estratégias. E, enquanto eu não consigo realizar aquilo, eu não sossego. Eu vou mudando o caminho.
No ano passado, você comandou o “Melhor da Tarde” direto de Belém, durante o Círio de Nazaré. O que te marcou?
Na verdade, foram dois anos, 2022 e 2024. É uma experiência incrível. O Círio de Nazaré marcou minha vida pessoalmente. A Igreja Católica consegue receber todas as religiões nesse momento com muito carinho e abraçando todos. Muito bom ver de perto.
É uma pessoa religiosa? Já viveu alguma experiência de “milagre” ou algo parecido?
Eu sou uma pessoa religiosa sim. Eu não sei se já recebi milagres, mas já recebi ajuda divina e recebo todos os dias. Nas pequenas coisas, nas situações mais difíceis, é como se eu sentisse que tem sempre alguém perto de mim, sabe, que Deus está ali do meu ladinho.
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