Ventilador ou ar-condicionado: qual é melhor para a saúde?
Aparelhos ajudam a aliviar o calor, mas de maneiras diferentes e suas influências no corpo das pessoas podem variar
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Ventilador ou ar-condicionado? Seja por questões de saúde, pelo valor dos aparelhos ou pelo consumo de energia, consumidores ficam em dúvida na hora de escolher o melhor eletrodoméstico para se refrescar nos dias quentes de verão.
Eles ajudam a aliviar o calor, mas de maneiras diferentes e suas influências na saúde podem variar.
A pneumologista Karina Tavares Oliveira observa que aparelhos de ar-condicionado central ou ventiladores de teto, geralmente não são limpos com a periodicidade necessária, acumulando pó, poeira e fungos.
“Os pacientes asmáticos, riníticos, alérgicos em geral, podem ter crise da doença. Mas uma restrição absoluta, em residência, não há. A pessoa pode usar aquele que mais se adequa a ela”, afirma.
A pneumologista observa, porém que o ar-condicionado reduz a umidade do ar, “podendo ser responsável, por exemplo, por sangramento nasal e tosse”.
A alergista e imunologista Larissa Perim alerta que o principal cuidado ao se utilizar ventilador e ar-condicionado é com a limpeza dos aparelhos, mas também do ambiente.
“A poeira possui diversos componentes irritantes das vias aéreas e causadores de reações alérgicas como ácaros, restos de insetos, fungos e minério. Ao ligar esses dispositivos o pó é aerodisperso no ambiente e pode permanecer em torno de 4 horas no ar, com as pessoas inalando esses componentes, antes de sedimentar”, afirma.
Professor do Departamento de Física da Ufes, Ernani Vassoler explica que o ventilador nos refresca porque, via de regra, não tem um ambiente com uma temperatura maior do que a nossa, isso considerando ambientes cobertos.
“O ventilador simplesmente empurra o ar para ele bater no nosso corpo, trocar calor e fazer o nosso corpo resfriar por causa disso”, destaca.
O ar-condicionado é uma máquina que consome muito mais energia que o ventilador, e tem a função de retirar o calor do ambiente, segundo Ernani Vassoler.
O professor explica que a função principal do aparelho é baixar a temperatura, mas como consequência ele também diminuiu a umidade relativa e isso faz o ambiente ficar mais frio. “Só que isso tem um custo energético muito grande”, afirma.
Opiniões


SAIBA MAIS
Entenda
Quando as moléculas estão mais agitadas, ficam com maior energia e o ambiente fica mais quente.
Já a sensação térmica é o resultado da temperatura do ambiente, junto a outras variáveis que fazem a gente ter maior conforto ou maior desconforto.
“Por exemplo, a temperatura de 30ºC num dia, pode te dar uma sensação de que está mais quente, a depender de fatores, como a umidade do ar”, explica o professor do Departamento de Física da Ufes, Ernani Vassoler.
Há ainda o calor, que é a energia térmica que os corpos trocam.
Ventilador
O vento pode trocar calor com o corpo humano e fazer a pessoa ter a sensação de refrescamento.
Se o vento estiver fresco, vai trocar calor, levando energia do corpo para ele, a pessoa vai ficar mais fresca.
ventilador refresca as pessoas porque, via de regra, não tem um ambiente com uma temperatura maior do que a do corpo humano (36°C a 37,7°C), considerando ambientes cobertos.
O ventilador simplesmente empurra o ar para este bater no nosso corpo, trocar calor e fazer o corpo resfriar por causa disso, de acordo com o professor.
Ar-condicionado
O ar-condicionado é uma máquina que consome muito mais energia que o ventilador, e tem a função de retirar o calor do ambiente, segundo o professor Ernani Vassoler.
a função principal do aparelho é baixar a temperatura, mas como consequência ele também diminui a umidade relativa e isso faz o ambiente ficar mais frio.
Só que isso tem um custo energético muito grande, em comparação com o ventilador.
Fonte: Ernani Vassoler, professor do Departamento de Física da Ufes.
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