Tira-dúvidas sobre vacina da gripe em crianças e idosos
Neste sábado, acontece em todo o Estado o chamado Dia D de mobilização para a imunização dos grupos prioritários contra a Influenza
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Os mais de 1,5 milhão de capixabas que pertencem aos 18 grupos prioritários da Campanha de Vacinação contra a Influenza e que ainda não se imunizaram terão a oportunidade de colocar a dose em dia neste sábado (13), quando acontece em todo o Espírito Santo o Dia D de mobilização.
Entre esses grupos, estão crianças de 6 meses a menores de 6 anos e idosos com 60 anos ou mais. Esses dois grupos são conhecidos como os “extremos das idades”, segundo especialistas.
“Os mais novos devem ser vacinados porque estão com o sistema imunológico ainda não muito formado. E os mais idosos que têm alguma doença de base. As crianças podem evoluir para uma síndrome respiratória aguda grave e os idosos para a piora da doença deles”, destaca a pneumologista Carla de Castro Bulian.
A infectologista Ana Carolina D’Ettorres destaca que os critérios usados para definição da população alvo são epidemiológicos e clínicos. Leva-se em consideração a população que é mais acometida pela doença, quem vai ser mais vulnerável, quem tem maior chance de evoluir para formas graves e óbitos.
“No caso de influenza, as crianças e idosos são mais vulneráveis por características do sistema imunológico”, observa.
A pneumologista Jéssica Polese destaca que o Sistema Único de Saúde (SUS) imuniza com a vacina trivalente, que possui duas cepas da influenza A, que é o H1N1 e o H3N2, e um vírus da influenza B.
Na rede privada, a vacina é tetravalente. Tem dois subtipos da influenza, que é o H1N1 e H3N2, e duas cepas de influenza B.
“A influenza é um vírus e o vírus tem essa característica de mudar frequentemente. Então, a cada ano, tem que revacinar para pegar as novas cepas do vírus, tem uma atualização da vacina, assim como a gente está tendo que fazer com a covid. No caso, os riscos são muito pequenos da vacinação”, afirma.
A infectologista Ana Carolina D’Ettorres destaca que a vacina de influenza é composta por agente inativado, não sendo possível ficar doente pela vacina. Também é um imunizante que, ao longo dos anos, demonstra grande segurança em aplicação em massa.
“A vacina previne as formas graves das infecções por influenza, e com isso previne também a síndrome respiratória aguda grave que é uma consequência da infecção por influenza”, afirma a especialista.
Fique por dentro
1 Quais os riscos para crianças e para idosos de não se vacinar?
O risco são casos graves de desconforto respiratório em que é necessário internação, podendo em alguns casos ser em UTI e chegar a óbito.
2 Do que é composta a vacina da gripe?
O Sistema Único de Saúde (SUS) imuniza com a vacina trivalente, que possui duas cepas da influenza A, que é o H1N1 e o H3N2, e um vírus da influenza B.
Na rede privada, a vacina é tetravalente. Tem dois subtipos da influenza, que é o H1N1 e H3N2, e duas cepas de influenza B.
3 Quem se vacina contra influenza previne outras doenças?
A vacina previne as formas graves das infecções por influenza, e com isso previne também a síndrome respiratória aguda grave que é uma consequência da infecção por influenza.
4 Há algum risco para quem toma vacina?
A vacina não tem efeito colateral sistêmico. Ela tem o efeito apenas local, que a na pele onde foi aplicada a injeção, pode ficar um pouco vermelha. Mas ela não tem efeito no organismo.
5 Por que há pessoas que dizem que ficam gripadas após serem imunizadas com a vacina?
É muito comum as pessoas falarem: “Ah, mas eu tomo a vacina da gripe e fico gripado”. Possivelmente, ele se contaminou com outro vírus, naquela época. Apesar de algum sintoma poder acontecer. Mas o benefício ainda é muito maior do que a doença.
6 Há algum risco para quem toma vacina?
As vacinas são seguras e os efeitos adversos gerais se restringem a desconforto no local da aplicação e mal estar que se limitam a 24h após a aplicação.
7 A vacina pode causar alguma reação na pessoa?
O risco de reação vacinal grave é muito pequeno, muito raro mesmo. A orientação e a informação são o melhor caminho.
8 Por que incluir crianças e idosos no grupo prioritário?
São extremos das idades. Os mais novos com o sistema imunológico ainda não muito formado. E os mais idosos que têm alguma doença de base. As crianças podem evoluir para uma síndrome respiratória aguda grave e os idosos para a piora da doença deles.
Fonte: Especialistas consultadas.
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