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Saúde

Só 52% das mulheres fazem tratamento para menopausa

Das que se tratam, só 22% fazem a terapia de reposição hormonal. Média de idade de quem entra na menopausa é de 48 anos, diz estudo


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Imagem ilustrativa da imagem Só 52% das mulheres fazem tratamento para menopausa
A fotógrafa Jana Brasil, de 51 anos, comentou que, depois de sofrer com muitas cólicas relacionadas à menstruação, foi ao médico e teve o diagnostico de adenomiose (condição que o tecido endometrial cresce na parede uterina). Em exames que fez, também foi constatado que ela estava em uma pré-menopausa. Não esperando os sintomas comuns do climatério aparecerem, já foi indicada a fazer um protocolo de modulação hormonal para que tivesse melhor qualidade de vida. Há dois anos ela tem feito esse tratamento e se sente muito bem. |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Um estudo publicado na revista científica Climateric apontou que a mulher brasileira entra na menopausa quando tem, em média, 48 anos de idade, e que 73,1% delas têm sintomas desagradáveis, como as ondas de calor, no período compreendido entre a pré-menopausa e quando finalmente param de menstruar.

Após a menopausa, esses sintomas existem em 78,4% delas.

A pesquisa ainda apontou que, mesmo com os sintomas indesejados, apenas 52% delas realizam algum tipo de tratamento para evitá-los. Das que se tratam, 22% fazem a terapia de reposição hormonal. As demais utilizam outros tipos de cuidados, como a prática de ioga, acupuntura e o uso de antidepressivos.

Georgia Maciel da Silva Brito, ginecologista e obstetra, comentou sobre possíveis motivos para essa baixa procura por tratamentos.

“Apesar de atualmente vivermos numa era digital, muitas não têm acesso à informação de qualidade e assim não conseguem buscar e encontrar o profissional”, disse.

“Muitas também entendem que, por ser um período, seria um processo obrigatório que ela tem que passar, mas não é verdade. Há tratamentos que ajudam a garantir melhor qualidade de vida”, completou a médica.

A ginecologista e especialista em menopausa Mariana Andreata explicou que, além do fogacho, que são as ondas de calor, outros sintomas comuns que aparecem são: insônia, irritabilidade, perda da libido e ressecamento vaginal.

“Geralmente, eles se iniciam no climatério, que é onde a mulher começa a ter um ovário que não tem a capacidade de produzir a quantidade de hormônio (estrogênio e progesterona) suficiente. Depois, vão exacerbando e no momento da menopausa estão muito aflorados”.

Ela disse que mesmo depois que a menopausa acontece, pela falta dos hormônios, esses sintomas podem continuar por mais de dez anos, e também há uma repercussão clínica no organismo feminino, como o aumento do risco de doenças cardiovasculares, aumento do risco de demência, de osteoporose e o aumento da gordura abdominal. Portanto, o acompanhamento médico é fundamental.

Em relação ao que fazer para tratar problemas da menopausa, o ginecologista Ronney Guimarães deu algumas opções. “Sempre sugerimos mudanças no estilo de vida com atividade física, alimentação saudável e acupuntura”, disse.

“O principal tratamento é identificar qual é o sintoma da paciente e tratar o que ela se queixa. Alguns sintomas são mais relacionados com a diminuição do estrogênio, como é caso das ondas de calor. Então, existe a terapia hormonal com estrogênio. Em outras, há a queixa de redução da libido, então fazemos a terapia hormonal prescrevendo a progesterona”, concluiu.

É válido ressaltar, segundo os médicos, que nem todas as mulheres podem fazer esse tipo de terapia hormonal.

Fique por dentro

Consulta regular com ginecologista

- O estudo

Traçou o perfil brasileiro da menopausa e foi publicada na revista científica Climateric.

Foi realizada por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Faculdade de Medicina do ABC, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Pavia, na Itália.

Ao todo, os estudiosos entrevistaram 1.500 mulheres, com idades entre 45 e 65 anos para terem a base do trabalho.

- Dados

A mulher brasileira entra na menopausa quando tem, em média, 48 anos de idade.

O início da transição e a irregularidade menstrual começam aos 46 anos de idade.

73,1% das mulheres têm sintomas desagradáveis, como o fogacho (ondas de calor) no período entre a pré-menopausa e a menopausa. Após a menopausa, os sintomas afetam 78,4% das mulheres.

Somente 52% delas fazem algum tipo de tratamento, sendo que a maioria que procurou atendimento foram as de classes sociais mais altas.

Das que se tratam, apenas 22% fazem a terapia de reposição hormonal. As outras optam por terapias alternativas e o uso de antidepressivos, aponta o estudo.

Mulheres que fazem o tratamento com terapia hormonal abandonam os cuidados em pouco tempo, cerca de oito meses depois do início do tratamento. Os efeitos colaterais fazem parte dos motivos para essa desistência.

- Entenda

O período de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo da mulher é chamado de climatério.

Esse processo tem duração variável entre as pacientes, e nele estão presentes sintomas desagradáveis por conta do declínio hormonal que ocorre no corpo feminino. Os mais comuns são fogacho (ondas de calor), insônia, irritabilidade, perda da libido e ressecamento vaginal.

Os sintomas surgem no climatério e duram até mesmo 10 anos depois que mulher entrou em menopausa, que é o nome dado à última menstruação, marcando o fim da fase reprodutiva da vida da mulher.

Ela é confirmada com a ausência de menstruações por um período de 12 meses consecutivos.

Além dos sintomas comuns, é válido reforçar que, por conta da queda dos hormônios estrogênio e progesterona, a mulher tem maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, aumento do risco de demência, de osteoporose e da gordura abdominal. A consulta regular com um médico ginecologista, portanto, é fundamental.

Segundo a ginecologista e especialista em menopausa Mariana Andreata, a mulher tem entrado na menopausa de forma mais precoce e isso é atribuído ao estilo de vida que ela tem: com muito estresse, alimentação industrializada, sedentarismo e obesidade.

- Sintomas e tratamento

Um tratamento recomendado para levar mais qualidade de vida à paciente é a terapia de reposição hormonal. No entanto, nem todas podem fazê-la.

As contraindicações dessa ação são voltadas para: história pessoal de câncer ginecológico ou alguns câncer hormônio dependentes; história de familiar de primeiro grau com câncer de mama ou ovário com fator genético; história de trombose; tabagismo; doenças graves no fígado; etc.

Quem não pode fazer o tratamento com hormônio, é importante seguir com mudanças de estilo de vida e medidas comportamentais associadas à alimentação saudável.

Fonte: Médicas consultadas e pesquisa AT.

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