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Saúde

Pacientes atrasam tratamentos por ignorar sinais de doenças

Médicos afirmam que pacientes chegam a atrasar o tratamento por não dar importância aos sintomas iniciais


O corpo envia diversos sinais para suprir necessidades básicas, como a fome, a sede e o descanso. Muitos desses sinais, contudo, escondem doenças e infecções. Médicos alertam que pacientes chegam a atrasar tratamentos por ignorar os sintomas de doenças no dia a dia.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a sushi chef Beatriz Suzuki, 31, que descobriu aos 25 anos que estava com câncer colorretal após ignorar três anos de sintomas como sangue nas fezes.

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Muitos cânceres, no entanto, podem aparecer com sintomas inespecíficos, alerta a oncologista Juliana Alvarenga.

“A perda de peso, a febre vespertina, o cansaço, a tontura e a fadiga podem indicar uma doença mais avançada”.

Até a dor nas costas pode ser um sinal de doenças nos rins, aponta o nefrologista Sergio Gobbi.

“O diagnóstico precoce melhora o prognóstico. É possível retardar a evolução ou, até mesmo, chegar à cura. O inchaço nas pernas e no rosto, a dor na lombar, a infecção urinária e a urina turva também indicam doenças”.

Exemplo

Imagem ilustrativa da imagem Pacientes atrasam tratamentos por ignorar sinais de doenças
Ana Beatriz Muniz descobriu um tumor no ovário aos 13 anos |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

Quando tinha apenas 13 anos, um volume diferente na região do abdômen fez com que a estudante Ana Beatriz Muniz, de 18 anos, desconfiasse de que havia algum problema de saúde.

A mãe, Sammya Lislley, 48, e o pai da jovem, Marcelo Muniz, 51, logo a levaram a um médico e descobriram que a filha estava com um tumor de 18 centímetros no ovário esquerdo.

A cirurgia foi um sucesso, porém, dois meses depois, a família descobriu que ela estava com câncer no ovário e metástase no peritônio. Após 30 sessões de quimioterapia e quatro cirurgias, a jovem superou a doença. O diagnóstico precoce foi essencial para direcionar o tratamento, conta Ana Beatriz.

“Senti o volume desconhecido e a dor durante uma aula. Como comecei o tratamento no início dos sintomas, foi um sucesso. Faço acompanhamento, e em fevereiro do ano que vem, após cinco anos de remissão, serei considerada curada”, explica.

Imagem ilustrativa da imagem Pacientes atrasam tratamentos por ignorar sinais de doenças
|  Foto: Reprodução / Jornal A Tribuna

“Em alguns casos, esperar pode ser fatal”, diz médico

O medo de ir a um consultório médico e receber um diagnóstico associado a uma “doença perigosa e fatal” ainda afasta muitas pessoas do tratamento. Médicos alertam, no entanto, que ignorar sintomas pode ser uma escolha irreversível.

Imagem ilustrativa da imagem Pacientes atrasam tratamentos por ignorar sinais de doenças
Ulysses Caus: “Não dar importância aos sintomas pode ser catastrófico” |  Foto: Acervo Pessoal

Na maioria das vezes, doenças tratadas precocemente são curáveis ou passíveis de resultados favoráveis para a vida cotidiana do paciente, dizem os especialistas.

A médica gastroenterologista, hepatologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Izabelle Signorelli diz que a maior dificuldade em relação aos sinais cotidianos está na detecção de doenças raras.

“Muitas vezes, os sinais e sintomas são inespecíficos e, em um primeiro momento, não se pensa nessas doenças, já que são raras. Ainda, o custo do diagnóstico costuma ser caro e pouco disponibilizado na rede pública. Ignorar os sinais pode levar a um diagnóstico tardio”.

O médico neurocirurgião Ulysses Caus Batista contraindica o comportamento de ignorar os sintomas e alerta para riscos.

“Ignorar alguns sinais, sintomas e fatores de risco dos problemas de saúde podem ter consequências graves. Em alguns casos, esperar pode ser fatal. Para o diagnóstico de doenças mais complexas, como doenças neurovasculares e tumores cerebrais, por exemplo, não dar a devida importância aos sintomas pode ser catastrófico”.

Sintomas facilmente ignoráveis, como a fadiga e a falta de ar, denunciam doenças de insuficiência cardíaca e diversas outras condições de saúde silenciosas, como a pressão alta, explica o cardiologista Diogo Barreto.

“Quanto antes fizermos o diagnóstico, melhor, principalmente porque são doenças que podem ser controladas. Em alguns casos, a demora causa um comprometimento e não há muito o que ser feito, além do controle dos sintomas. Quando descobrimos precocemente, há um grau de reversibilidade”, ressalta.

Além da atenção aos sintomas, é preciso ter atenção à prevenção. Evitar o tabagismo, a alta ingestão de alimentos ultraprocessados e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, além de combater o sedentarismo, são hábitos centrais para evitar doenças, defendem os médicos.

Como buscar ajuda para diagnóstico

Check-up

- O primeiro passo para o diagnóstico precoce de doenças é estar com o check-up médico em dia. O protocolo é usado para uma avaliação médica de rotina, associada a exames específicos de acordo com idade, sexo e históricos pessoal e familiar.

- Os check-ups médicos incluem hemograma e dosagem dos níveis de colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia, insulina, hormônios da tireoide e do fígado.

- Incluem, ainda, aferição de pressão arterial, verificação de peso, exames de urina e de fezes e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).

- Teste de detecção de sífilis, pesquisa de anticorpos anti-HIV e dos vírus da hepatite B e C também são exames comuns.

- Para as mulheres, anualmente é feita a mamografia.

Atenção aos sinais

- Mantenha-se bem informado sobre os sinais de doenças, mas tome cuidado ao utilizar o conhecimento: somente os médicos podem dar o diagnóstico. Sintomas isolados, sem o histórico pessoal e familiar, não são critérios únicos para indicar doenças.

- Não ignore os sinais do corpo. Dores de cabeça constantes, manchas na pele, urina escura, fadiga, falta de ar e diversos outros sintomas comuns do dia a dia podem mascarar doenças. Caso esses sintomas façam parte da rotina, é imprescindível buscar um médico clínico geral para receber o encaminhamento para a especialidade correta.

- Os sinais do corpo podem sugerir um desequilíbrio psicológico. Sintomas como falta de ar, diarreia e dores musculares estão ligados a questões de saúde mental, como ansiedade e depressão.

Cuidado com a automedicação

- Tomar remédios por conta própria, sem orientação médica, pode até aliviar sintomas que incomodam no dia a dia, mas pode levar a consequências graves. Além de adiar os diagnósticos, autoridades de saúde alertam que esse tipo de comportamento pode causar reações alérgicas, dependência e até a morte.

- Se o remédio for um antibiótico, a atenção deve ser sempre reforçada, já que esses produtos podem facilitar o aumento da resistência de microorganismos.

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