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Saúde

No dia do cardiologista, médicos explicam avanço no tratamento do coração

Hoje é celebrado o Dia do Cardiologista e especialistas ouvidos pela reportagem comemoram o avanço dos tratamentos para proteger o coração


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Imagem ilustrativa da imagem No dia do cardiologista, médicos explicam avanço no tratamento do coração
Betina Dutra Reseck destaca a técnica cirúrgica em que é possível ter acesso ao coração sem a necessidade de abrir o peito do paciente |  Foto: Leone Iglesias/AT

Em um país onde as doenças cardíacas são uma das principais causas de mortalidade — são mais de 400 mil mortes por ano —, o médico cardiologista tem papel importante na prevenção, diagnóstico e tratamento dessas condições, que afetam mais 14 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Hoje é celebrado o Dia do Cardiologista e especialistas ouvidos pela reportagem comemoram o avanço dos tratamentos para proteger o coração, nestes mais de 100 anos da cardiologia no País.

Com 32 anos de formação, o cirurgião cardiovascular Fábio Reis, de 56 anos, conta que, dentro da medicina, a cardiologia é uma das especialidade que mais cresceu nos últimos 10 a 15 anos.

“Hoje em dia, é possível tratar várias doenças cardiovasculares com o coração batendo, ou seja, em grande parte dos casos, não há mais necessidade de se anestesiar o paciente sob anestesia geral, parar o coração e o pulmão, e desviar o sangue do coração”.

Na área diagnóstica, segundo o cirurgião cardiovascular Fabrício Teixeira, com 49 anos de idade e 28 de formação, as inovações ficam por conta da utilização de angiotomografias, ressonâncias magnéticas, melhora dos métodos gráficos e de ecocardiograma. O médico destaca também a maior durabilidade das próteses cardíacas, dispositivos de assistência circulatória e coração artificial.

Também na área diagnóstica, o cardiologista Rodolpho Farinazzo, 47 anos, destaca o avanço em testes genéticos, que conseguem rastrear um risco aumentado de cardiopatias complexas, como amiloidose, cardiomiopatias e doenças da aorta.

Farinazzo, que tem 23 anos de formação, destaca ainda que o foco da cardiologia está cada vez mais consolidado na prevenção, principalmente na mudança para um estilo de vida mais saudável e de maior qualidade.

Para a cardiologista Betina Dutra Reseck Walker, 47 anos, a maior evolução da área está na cirurgia valvar.

“Na cirurgia percutânea, chegamos ao coração por meio de cateter na virilha. Por não ser preciso abrir o peito, o paciente tem menor tempo de internação e risco de complicações. Hoje vemos pacientes de 80 anos sendo submetidos a essa cirurgia e tendo qualidade de vida”, afirma a médica, com 21 anos de formada.

FIQUE POR DENTRO

Cardiologista

Segundo levantamento feito no site do Conselho Federal de Medicina (CFM), são 20.013 cardiologistas com registro ativo no País e 527 no Espírito Santo. Já os cirurgiões cardiovasculares são 1.542 no Brasil e 44 no Estado.

Diagnóstico

De acordo com os médicos, em relação ao diagnóstico, houve avanço em diversas áreas dentro da cardiologia, que vão desde os métodos gráficos, como a tomografia, ressonância nuclear magnética, ecocardiograma e hemodinâmica, até testes genéticos, que conseguem rastrear um risco aumentado de cardiopatias complexas, como amiloidose, cardiomiopatias e doenças da aorta.

Tratamento

Em relação ao tratamento, o avanço está em novas drogas, capazes de redução expressiva na morbimortalidade, e novos procedimentos, como os endovasculares (sem necessidade de cirurgia aberta), além da maior durabilidade das próteses cardíacas e novos dispositivos de assistência circulatória e coração artificial .

Catéter

O procedimento mais citado pelos médicos, como um dos grandes avanços da cardiologia, é a cirurgia através de catéter.

Ele é introduzido normalmente pela virilha, chega até o coração e permite o tratamento de problemas como das válvulas, de má formação cardíaca — correção de comunicação interatrial —, persistência do canal arterial, doenças da válvula aórtica, doenças da válvula mitral, doenças na válvula tricúspide e pulmonar.

Isso possibilita ao paciente menor tempo de internação, menos dor, menor morbidade e uma recuperação muito mais rápida, de forma que ele consiga voltar, mais rapidamente, à sua casa e às suas atividades habituais.

Estilo de vida

Cardiologistas ressaltam ainda que o foco está cada vez mais consolidado na prevenção, principalmente na mudança para um estilo de vida mais saudável e de maior qualidade.

Fonte: Conselho Federal de Medicina (CFM) e especialistas consultados.

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