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Saúde

Gravidez natural é comum em 20% das pessoas após reprodução assistida

Pesquisa descobriu que, após mulheres terem primeiro filho por técnicas reprodutivas, elas tiveram segunda gestação após três anos


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A cada cinco mulheres que engravidam por reprodução assistida, uma tem segunda gravidez naturalmente, ao contrário do que o senso comum imagina. Foi o que pesquisadores concluíram depois de analisarem 11 estudos publicados entre 1980 e 2021 envolvendo 5.180 mulheres que foram submetidas às técnicas de reprodução assistida.

Uma ampla revisão dos estudos constatou que 20% das mães que tiveram um bebê por meio de reprodução assistida conseguiram engravidar naturalmente cerca de três anos após o procedimento.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica europeia Human Reproduction e divulgados pela Agência Einstein no Brasil.

Segundo os médicos, muitos fatores podem influenciar na infertilidade do casal. Um dos motivos dessa gravidez natural na segunda gestação pode estar relacionada a fatores emocionais, como destaca a ginecologista Isabela Rangel, especialista em Reprodução Humana Assistida.

“Entre os fatores que podem ajudar está o emocional. A paciente deixa de ter a autocobrança e o casal está mais relaxado quanto a isso, o que acredito que influencia muito para os casais que não tinham um diagnóstico muito bem estabelecido para a reprodução assistida”, ressalta a médica.

Outro fator que pode contribuir para uma gestação natural é o próprio tratamento para a gravidez do primeiro filho.

“Os ciclos de indução e estimulação ovariana podem interferir na melhora da ovulação da paciente e aumentar as chances de uma segunda gestação. A idade da mulher também é um fator muito importante para a fertilidade”.

Segundo o ginecologista Ronney Vianna Guimarães, especialista em Reprodução Humana Assistida, tem aumentado o número de mulheres procurando tratamentos de reprodução assistida nos últimos anos.

De acordo com o Relatório de Produção de Embriões (SisEmbrio), divulgado anualmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2022 haviam 1.451 embriões congelados.

“A mulher está cada vez mais inserida no mercado de trabalho, buscando a estabilidade financeira e o sucesso profissional e quando se atenta para o desejo de ser mãe, muitas vezes ela já está com mais de 35 anos e, com isso, fica mais difícil uma gestação natural”, observa o médico.

Ele destaca ainda: “Hoje, a maior proporção de pacientes que temos são aquelas com mais de 35 anos”.

Bênção inesperada

Segunda gravidez oito meses após parto

Imagem ilustrativa da imagem Gravidez natural é comum em 20% das pessoas após reprodução assistida
Michelle Milliole, 38, Leandro Milliole, 41 anos, e a pequena Manuela Milliole, 1 ano. |  Foto: Divulgação

A empresária Michelle Milliole, 38, e o marido Leandro Milliole, 41 anos, são pais da Manuela Milliole, de 1 ano, fruto de uma reprodução assistida. Mas, no início do ano, quando a pequena Manuela tinha ainda 8 meses, a família foi surpreendida com uma gestação natural e agora estão na expectativa pela chegada do pequeno João Milliole.

“Tentamos por anos, mas não conseguíamos de forma natural. Fizemos tratamento durante dois anos até que engravidamos da Manuela. Não imaginávamos que uma gravidez natural fosse possível no nosso caso. Foi então que comecei a sentir algo diferente e decidi fazer um teste de gravidez. Embora desejássemos muito ter um segundo filho, não esperávamos que essa bênção chegasse de forma tão inesperada e rápida”, contou a mãe.

Saiba Mais

Imagem ilustrativa da imagem Gravidez natural é comum em 20% das pessoas após reprodução assistida
|  Foto: Reprodução/Jornal AT

O que é reprodução assistida?

- É um conjunto de técnicas e métodos da medicina para auxiliar na reprodução humana, ou seja, pacientes que desejam ter filhos.

- As técnicas são indicadas a casais que não conseguem ter gestação de forma natural, principalmente se, após diagnóstico, forem constatados problemas de fertilidade.

- O uso da tecnologia para a reprodução assistida aumentou substancialmente desde a primeira fertilização in vitro (FVI), realizada em 1978, refletindo o aumento da idade da mulher para a concepção.

- A estimativa é que mais de 10 milhões de bebês já nasceram em todo o mundo por meio desse recurso.

As técnicas de reprodução assistida

Coito programado

- É uma forma de estimular a fertilidade feminina por meio de medicamentos que vão aumentar o número de óvulos durante o ciclo de reprodução.

- Quando a mulher estiver no período fértil, ovulando, o casal terá cerca de 36 horas para ter relações sexuais, por isso o nome de coito programado, pois terão de programar as relações dentro desse período de maior fertilidade induzida pelas medicações.

- Assim, as chances de fecundação do óvulo são maiores. Esse é um tratamento de baixa complexidade.

Inseminação artificial

- É também um tratamento de baixa complexidade. A mulher passa por tratamento com medicamentos para aumentar a ovulação, mas em vez do coito programado, o esperma do homem é coletado e, após avaliação, inserido no colo do útero, via canal vaginal, durante o período de ovulação da mulher.

Fertilização in vitro (FIV)

Imagem ilustrativa da imagem Gravidez natural é comum em 20% das pessoas após reprodução assistida
Fertilização in vitro: após chegada do primeiro filho, casais reduzem a autocobrança e podem ter segundo filho |  Foto: Acervo/AT

- É uma técnica de alta complexidade e envolve tecnologias específicas para a fecundação de óvulos.

- A FIV tradicional consiste na utilização de medicamentos indutores de ovulação e, quando se tornam maduros, há uma coleta de óvulos, via canal vaginal. Ao mesmo tempo, há a coleta do sêmen do homem e são selecionados espermatozoides viáveis.

- A fertilização é feita com o contato dos espermatozoides com os óvulos para a fecundação de forma “natural”. Após cinco dias de evolução do embrião, ele é colocado no útero.

- Na FIV intracitoplasmática de espermatozoides, ocorre a injeção de um único espermatozoide vivo dentro do óvulo, ou seja, a fecundação é feita artificialmente.

Fonte: Médicos consultados e pesquisa AT.

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