Atingidos pelas chuvas no Sul do ES devem tomar cuidados de saúde. Veja orientações
Secretaria alerta para os riscos após situações de alagamentos, enchentes ou enxurradas
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Após as fortes chuvas que atingiram o Sul do Espírito Santo, os moradores atingidos pela enchentes devem, também, tomar cuidados de saúde. As orientações foram publicadas pela Secretaria de Saúde do Estado, que alertou para os riscos após alagamentos.
"Esses cuidados visam a prevenir a transmissão de doenças e demais riscos que podem afetar a saúde das pessoas atingidas. Em situações de emergência, é essencial tomar cuidado com a água, alimentos e com a higiene", explicou a pasta.
A secretaria alerta que, ao ficar exposto a enchentes, é preciso ficar atento aos eventuais aparecimentos de sintomas. Em caso de suspeita, o serviço de saúde deve ser procurado.
Confira alguns dos sintomas e doenças características de cenários de emergência:
Leptospirose: febre, dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite, dor muscular, náuseas e vômitos, urina escura evoluindo para pele amarela, manchas avermelhadas e roxas na pele. O início dos sintomas pode ocorrer, em média de sete a 14 dias, podendo aparecer até 30 dias, após contato com a água ou lama de enchente;
Diarreia: três ou mais episódios de diarreia em um intervalo de 24 horas;
Hepatite A: cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras;
Tétano acidental: dificuldade de abrir a boca e engolir, fortes contrações musculares no rosto, no pescoço e até mesmo na barriga e dificuldade de respirar. Esses sintomas podem evoluir para contraturas (o músculo fica duro) generalizadas e, por vezes, são desencadeadas com luz intensa ou som muito alto. Se sentir qualquer um desses sintomas em até sete dias após a lesão na pele, deve-se procurar um serviço de saúde com urgência. É preciso contar ao médico como e com quê ocorreu a lesão.
Para se proteger, é preciso usar equipamentos adequados ao transitar em ruas e ambientes alagados, não consumir alimentos contaminados e estar atento à possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya.
Confira as orientações:
Cuidados com a água e com a lama
Não consuma alimentos que tenham tido contato com a água da enchente ou lama, incluindo alimentos embalados, enlatados ou alimentos perecíveis (como frutas, legumes e verduras). Em alagamentos, doenças podem se propagar em decorrência da contaminação da água e dos alimentos — como diarreia, cólera, febre tifoide, hepatite A, giardíase, amebíase, verminoses e leptospirose.
Água para beber
A indicação é beber apenas água tratada. Caso não seja possível, ferver a água por cinco minutos antes de beber. Em caso de turbidez, filtre a água com pano limpo ou filtro de papel. Utilize duas gotas de hipoclorito de sódio, 2,5% para cada litro de água, e deixe repousar por 30 minutos para depois ingerir.
No retorno do abastecimento de água na região atingida, não consuma a água imediatamente. O ideal é aguardar até que o líquido fique sem coloração ou turbidez.
Cuidados com a Leptospirose
A leptospirose é uma doença causada por uma bactéria presente na urina de roedores (como rato, ratazana, camundongo), e que, normalmente, se espalha pela água suja de enchentes, lama e esgoto.
A urina de animais como bois, porcos, cavalos, cabras, ovelhas e cães) também pode transmitir a doença, se contaminados pela bactéria. "Se apresentar os sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, vômito, diarreia e tosse, procure um serviço de saúde. O início dos sintomas pode ocorrer, em média de sete a 14 dias, podendo aparecer até 30 dias, após o contato com a água ou lama de enchente", explica a secretaria.
Cuidados com animais peçonhentos
Locais com enchentes e ambientes com entulhos e destroços aumentam o risco de acidentes com animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e cobras. Nestes casos, os animais costumam se abrigar em locais secos. Ao realizar a limpeza do local, deve-se usar luvas e botas de borracha, ou sacos plásticos nos pés e mãos.
A orientação da secretaria é que moradores evitem tocar nesses animais, mesmo que pareçam estar mortos. Em caso de acidente, é preciso buscar atendimento médico. É possível solicitar orientações do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), através do telefone 0800 283 9904 ou (27) 98817-5884.
Riscos de tétano
O tétano é causado por uma bactéria que pode estar presente em objetos de metal (mesmo os que não estão enferrujados), de madeira, de vidro ou até no solo (galhos; espinhos; pedaços de móveis etc.).
"A pessoa pode adoecer ao sofrer lesões (ferimentos, cortes, perfurações) por objetos contaminados pela bactéria. Em situações de emergência, o contato com entulhos e destroços pode ocasionar essas lesões e, consequentemente, o adoecimento por tétano acidental", explica a pasta.
São sintomas do tétano acidental: dificuldade de abrir a boca e engolir, fortes contrações musculares no rosto, no pescoço e até mesmo na barriga e dificuldade de respirar. O intervalo entre o ferimento e o primeiro sinal ou sintoma é curto: em média, de cinco a 15 dias, podendo variar de sete a 21 dias.
Fonte: Secretaria de Saúde
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