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Saúde

Anvisa alerta para risco do falso botox

Especialistas explicam que o medicamento pode causar alergias, infecções e feridas abertas. Em alguns casos, leva à morte


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Imagem ilustrativa da imagem Anvisa alerta para risco do falso botox
Aplicação de botox |  Foto: Divulgação

A utilização de produtos de baixa qualidade ou que não são regulamentados em procedimentos estéticos pode causar sérios danos à saúde, explicam especialistas.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou novos casos de adulteração ou falsificação da toxina botulínica A, conhecida como botox.

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Maria Teresa de Andrade vai ao dermatologista para aplicar botox |  Foto: Fábio Nunes/ AT

Desde o ano passado até o momento, foram identificadas unidades adulteradas ou falsificadas dos seguintes lotes: C7746C3 (val. 04/2025), C7211C4 (val. 08/2026), C3709C3 (val.05/2025), C6835C3 (val. 10/2024 e 12/2024) e C7654C3F.

Especialistas alertam que o medicamento falsificado pode causar alergias ou até mesmo infecções, como celulite de face, abscessos e feridas abertas. Em alguns casos, leva à internação e até à morte.

A dermatologista Karina Mazzini alerta para os sintomas: “Caso esse tipo de produto falsificado seja usado, o paciente pode apresenta sintomas de botulismo, como fraqueza muscular, dificuldade de engolir, de respirar, paralisia muscular generalizada e até morte”.

Ela fala que o maior alerta para identificar o produto falsificado é o preço muito abaixo da média ou as promoções “imperdíveis”. De acordo com a dermatologista, o mais indicado é comprar dos fabricantes originais e de confiança.

“Um dia desses eu parei em um lugar e me ofereceram botox por 10 vezes de R$ 30. Botox por R$ 300, sendo que um frasco custa muito mais que isso”.

Imagem ilustrativa da imagem Anvisa alerta para risco do falso botox

A biomédica especializada em estética avançada Kelly Mendonça ressalta que o produto utilizado para substituir e alterar a toxina botulínica é desconhecido, então os efeitos são variados.

“O alerta da Anvisa é para importação não controlada, que culmina em compra e venda também não controlada, abrindo brecha para que qualquer pessoa possa aplicar o medicamento de maneira errada”.

A farmacêutica Maria Teresa Vieira de Andrade, 54 anos, faz uso do botox há cinco anos e só com dermatologista, pois acha que esse é o melhor tipo de profissional para fazer o procedimento.

“Faço no rosto. Muito bom o depois. Atenua muito as rugas de expressão, uma diferença sensacional”, acrescenta.

Fique por dentro

Falsificação

A Anvisa emitiu um novo alerta para profissionais de saúde e população em geral para novos casos de adulteração e falsificação do medicamento Botox 100U (toxina botulínica A).

Desde o ano passado até o momento, outros alertas já foram emitidos pela agência identificando outras unidades e lotes adulterados ou falsificados.

Lotes falsificados e adulterados

C7746C3 (val. 04/2025).

C7211C4 (val. 08/2026).

C3709C3 (val.05/2025).

C6835C3 (val. 10/2024 e 12/2024).

C7654C3F.

Entre os casos estão medicamentos com embalagem em idioma turco, bem como embalagens com características divergentes em relação aos medicamentos originais.

Outro detalhe apontado pela agência é para medicamentos em embalagens que não estejam em língua portuguesa, que não são registrados na Anvisa.

Como identificar?

As caixas de medicamentos trazem um espaço em branco, mais conhecido como “raspadinha”, que deve ser raspado com metal (clipes ou moeda).

Se o produto for verdadeiro, aparecerá a marca do laboratório produtor.

O que fazer?

Caso profissionais de saúde e pacientes identifiquem os produtos falsificados, a orientação é não fazer uso do medicamento.

Além disso, a agência orienta para que notifiquem imediatamente à Anvisa.

Dúvidas sobre o produto também podem ser esclarecidas por meio do SAC da empresa fabricante.

Fonte: Anvisa.

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