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João Batista Babá: “Não dá para combater a violência só com fuzil”

Concorrente do PT defende valorização da Guarda Municipal, mas com investimento em saúde e educação, para conter criminalidade


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Imagem ilustrativa da imagem João Batista Babá: “Não dá para combater a violência só com fuzil”
João Batista Babá defendeu capacitação do servidor público para lidar com mulheres vítimas de violência |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

Capacitação para melhorar o salário médio dos moradores, valorização da Guarda Municipal para reduzir a violência e ensino integral para crianças de até 4 anos. Essas são algumas das propostas de João Batista Babá (PT), candidato à Prefeitura de Vila Velha.

Babá foi o primeiro candidato da Grande Vitória a participar da edição deste ano das sabatinas da TV Tribuna. As entrevistas são realizadas pelo jornalista George Bitti de segunda a sexta-feira, às 11h15, ao vivo no Tribunal Notícias 1ª Edição.

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Depois de Babá, nesta terça-feira (27) é a vez de Nícolas Trancho (Psol). Será um candidato por dia até 24 de setembro. Confira abaixo trechos da entrevista realizada na segunda-feira (26) com o candidato do PT:

A Tribuna — Em sua proposta de governo, o senhor trouxe dados do Censo 2022, que indicam que o salário médio dos trabalhadores de Vila Velha é o quarto menor da região metropolitana da Grande Vitória. Que ações pretende implementar para mudar isso?

João Batista Babá - "Vila Velha carece muito de empregos com volume melhor de salário para o trabalhador. A forma da gente fazer isso é atrair indústrias para trazer empregos de maior qualidade.

Quero criar um parque industrial, algo que Vila Velha não tem. Outra forma de fazer isso é treinamento. É necessário que o poder público faça parcerias com o setor privado, por meio do Senai, por exemplo, para que a população seja treinada e capacitada para ter empregos melhores e, consequentemente, um avanço no salário."

- A maioria dos assassinos de mulheres diz que cometeu esse crime porque não aceitava o fim do relacionamento. Como avalia isso? Seu plano de governo diz que vai garantir a plena implementação da Lei Maria da Penha em VV. A lei é suficiente para barrar esses casos?

"Não é suficiente. É necessário que haja uma permanente vigília. Temos de capacitar o servidor municipal, capacitar os instrumentos de acolhimento da mulher, para que haja essa busca.

Eu acho que a Guarda Municipal pode ser fundamental para isso. Precisamos preparar os agentes para que percebam na comunidade quando esse tipo de violência ocorre, e acolher e buscar a resolução. Não aceito a justificativa dada por esses criminosos. A mulher precisa ser protegida e emancipada com um bom salário, e ter o direito de escolher se quer ou não seguir num relacionamento."

- Como avalia a fala desses assassinos de mulheres?

"Quem faz violência contra a mulher precisa ser repudiado e condenado com ações punitivas para que sirva de exemplo. Essa fala deles é machista, misógina e prepotente. Eles acham que a mulher é propriedade privada deles, e não é.

Quando a gente ama, a gente quer que a pessoa seja feliz, independente de estar com você ou não. É uma visão de posse e eu não aceito isso em relação nenhuma."

- Vamos falar de mobilidade urbana. A frota de veículos cresce a cada dia, ônibus cada vez mais lotados, esperas. Como resolver?

"A Grande Vitória só vai ter uma resolução nesse sentido quando for implementado o pacto metropolitano. A gente vê todo dia as pontes lotadas. Precisamos buscar outros modais de circulação, principalmente interna. Vila Velha ensaiou, em governos passados, investir na questão da bicicleta.

Estava indo bem, mas a atual gestão suspendeu. Queremos voltar com esse serviço, não só na orla. Quero integrar a cidade. Somos uma cidade plana, não morrada. Eu sei que o retorno das bicicletas compartilhadas é uma demanda da população."

- Dados da Secretaria de Segurança Estadual mostram que os números de homicídios na cidade são os maiores da Grande Vitória. O que pretende fazer sobre isso?

"Violência tem um fundo de desigualdade social, que é proeminente em Vila Velha. Precisamos de políticas públicas de qualidade nas regiões mais carentes da cidade.

Eu perdi um irmão, em maio deste ano, por conta da violência. Senti na pele essa dor. Temos de valorizar o profissional da Guarda Municipal, e também investir em educação e saúde. Não dá para combater a violência urbana só com tiro de fuzil. Tem de se trabalhar políticas públicas para resolver a raiz do problema."

- O senhor citou a questão da educação. Planeja trabalhar de que forma nessa área?

"Se uma criança está na creche, segura e bem tratada, a mãe vai ter liberdade para trabalhar e buscar melhorar a vida financeira de sua família. É fundamental, portanto, ampliarmos as vagas em creches para crianças de 0 a 4 anos.

Já temos algumas na cidade, mas precisamos zerar a demanda, que é grande."

- Qual a sua posição sobre a aplicação de linguagem neutra, aborto e pena de morte no País?

"Sou a favor da linguagem neutra. Sou contra o aborto. E sou totalmente contra a pena de morte."


Cronograma de entrevistas

Vila Velha

Segunda-feira (26): João Batista Babá (PT)

Terça-feira (27): Nícolas Trancho (Psol)

Quarta-feira (28): Arnaldinho Borgo (Podemos)

Quinta-feira (29): Coronel Alexandre Ramalho (PL)

Sexta-feira (30): Maurício Gorza (PSDB)

Segunda-feira (02): Gabriel Ruy (Mobiliza)

Serra

03 de setembro: Roberto Carlos (PT)

04 de setembro: Weverson Meireles (PDT)

05 de setembro: Antônio Bungenstab (PRTB)

06 de setembro: Wylson Zon (Novo)

09 de setembro: Pablo Muribeca (Republicanos)

10 de setembro: Audifax Barcelos (PP)

11 de setembro: Igor Elson (PL)

Cariacica

12 de setembro: Euclério Sampaio (MDB)

13 de Setembro: Ivan Bastos (PL)

14 de Setembro: Célia Tavares (PT).

Vitória

17 de Setembro: Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB)

18 de setembro: João Coser (PT)

19 de setembro: Camila Valadão (Psol)

20 de setembro: Capitão Assumção (PL)

23 de setembro: Lorenzo Pazolini (Republicanos)

24 de setembro: Du (Avante).

Regras

O candidato vai responder às questões elaboradas pelo apresentador. Não é permitido citar outro candidato direta ou indiretamente, independente do cargo em disputa.

As questões serão elaboradas com base em grandes temas, como saúde, educação, segurança pública e emprego.

As perguntas devem ser respondidas em, no máximo, dois minutos, para que a dinâmica da entrevista seja mantida.

Além de responder às questões propostas pelos entrevistador, o candidato será indagado por jornalistas da Rede Tribuna, que poderão interromper e solicitar novas informações durante a resposta.

Não há ordem específica de temas escolhidos. Os convidados terão liberdade total em formular qualquer questionamento ao candidato, assim como o entrevistador.

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