Após operação no Rio, Marcelo Santos cobra reforço na segurança da divisa com o ES
Presidente da Assembleia Legislativa declarou apoio à ação policial e defendeu firmeza das forças de segurança da fronteira
 
	O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), Marcelo Santos (União), se pronunciou sobre a operação policial realizada no Rio de Janeiro contra traficantes do Comando Vermelho, que resultou em dezenas de mortes.
Durante o discurso, o deputado estadual defendeu a ação das forças de segurança e ressaltou a necessidade de reforçar a vigilância nas divisas do Espírito Santo.
“Se a Polícia se render, o crime fica com mais poder de fogo. Se a Polícia se acovardar, as facções vão agir. E podemos esperar: eles virão para cá, como muitos já estão por aí, entre nós. Temos que nos preparar para fechar as divisas. Dentre os mortos no Rio de Janeiro havia bandido do Espírito Santo. O nosso Estado tem que defender a população”, declarou Marcelo.
O parlamentar lamentou as mortes e afirmou que elas ocorreram em função da reação de criminosos ao trabalho das Polícias Militar e Civil, que cumpriam mandados judiciais contra cerca de 100 alvos nas comunidades cariocas.
“Seria ideal que os policiais pudessem cumprir as decisões judiciais sem mortes, mas foram recebidos pelos bandidos com um poder de fogo até maior do que o da polícia. Usaram até drones para lançar bombas contra os agentes públicos — algo que víamos apenas na guerra da Ucrânia. Isso só aconteceu porque os criminosos atiraram contra policiais, e, quando se atira contra policiais, se atira contra o Estado, que está ali para defender a sociedade”, disse o presidente da Ales.
Marcelo Santos comparou a atuação das facções criminosas ao terrorismo e voltou a reforçar o alerta para o Espírito Santo, destacando a necessidade de ações preventivas para impedir o avanço das organizações criminosas no território capixaba.
Críticas ao Congresso Nacional
Durante o pronunciamento, o deputado também fez críticas ao Congresso Nacional, afirmando que os parlamentares federais só reagem diante de tragédias como a registrada no Rio de Janeiro.
“Agora, depois dessas dezenas de mortes, vão aparecer para aprovar leis. Mas passaram quatro, oito anos lá e não fizeram nada”, afirmou Marcelo, em tom de indignação.
Ele ainda criticou a disputa política entre governos estaduais e o governo federal, apontando que esse tipo de conflito favorece o fortalecimento das facções. “Enquanto os governos do Estado e federal ficam nessa disputa, as facções assumem tudo”, completou.
Balanço da operação
De acordo com as informações divulgadas nesta quarta-feira (29), a operação no Rio de Janeiro resultou em 81 prisões e 64 mortes, incluindo quatro agentes de segurança — dois policiais civis e dois militares. As forças policiais também apreenderam drogas e mais de 100 fuzis durante a ação.
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