Vigilante preso por morte de empresário em Vila Velha diz que se livrou de celular
Polícia investiga cinco pessoas por participação no crime, e a suspeita é que ao menos uma delas seja a mandante da execução. Veja o que já se sabe
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Apontado como o executor do empresário Wallace Borges Lovato, 42 anos, morto com um tiro na nuca na Praia da Costa, em Vila Velha, no dia 9 deste mês, o vigilante Arthur Neves de Barros, 35 anos, disse que se desfez de seu celular há 10 dias.
Preso na quinta-feira (19), ele negou o crime em depoimento, de acordo com informações do delegado da cidade paraibana de Monteiro, Sávio Siqueira.
“Indagado se o aparelho telefônico dele poderia indicar o paradeiro dele na data dos fatos ou essa possível contratação para estar no estado do Pernambuco, ele diz que o aparelho celular não tem como ter nenhum diálogo nesse sentido, uma vez que trocou de celular. Ele diz que está com o novo celular há cerca de 10 dias, então no período citado ele estava com outro aparelho que alega ter trocado”, destacou o delegado.
Acusados pela morte de empresário receberam 150 mil
Os executores do empresário Wallace Borges Lovato, de 42 anos, – morto com um tiro na nuca, na Praia da Costa, em Vila Velha, no dia 9 deste mês – receberam o valor aproximado de R$ 150 mil para cometer o crime.
As informações foram apuradas com exclusividade pela repórter Suzy Faria, para o Tribuna Notícias 1ª Edição (TN1) da TV Tribuna/Band, apresentado pelo Camargão.
Segundo a fonte ouvida pela reportagem, o valor seria dividido entre, ao menos, três pessoas envolvidas no assassinato: o motorista, o executor e um intermediário. O valor, contudo, não seria dividido igualmente entre os três envolvidos no crime.
No entanto, a polícia investiga cinco pessoas por participação no crime – e a suspeita é que ao menos uma delas seja a mandante da execução. Segundo fontes da reportagem, o mandante seria do Estado e os outros dois envolvidos seriam de estados próximos ao Espírito Santo.
Arthur Neves de Barros, 35 anos, foi preso na quinta-feira, em Sumé, na Paraíba, e é apontado pela Polícia Civil como o executor do empresário.
Segundo consulta da reportagem da TV Tribuna/Band ao site do Tribunal de Justiça da Bahia, Arthur Neves de Barros tem o nome envolvido em ao menos 10 processos de homicídios.
Já Arthur Laudevino Candeas Luppi, 22, preso na terça-feira, em Minas Gerais, é apontado pela Polícia Civil como o condutor do Fiat Pulse usado para levar o atirador ao local do crime e para dar fuga ao criminoso.
Até o fechamento desta edição, dois suspeitos haviam sido presos, sendo um em Minas Gerais e um na Paraíba.
Outras prisões podem ser realizadas a qualquer momento.
De acordo com informações do repórter Roger Nunes, da TV Tribuna/Band, os suspeitos chegaram em Vila Velha três dias antes do crime.
Em depoimento, Arthur Laudevino Candeas Luppi, de 22 anos, disse que após o crime ficou responsável por desaparecer com as placas do Fiat Pulse prata usado no crime e com a arma.
Arthur Luppi informou para a Polícia Civil que eles abandonaram o veículo a cerca de 2km de distância do local do crime e começaram a fuga por vários meios de transporte, como carros de aplicativos e motocicleta. Ao ser preso, em Minas Gerais, ele apresentava ferimentos e disse à polícia que eram decorrentes de queda de moto.

RELEMBRE O CASO
Crime
O empresário Wallace Borges Lovato, de 42 anos, foi morto com um tiro na nuca, na Praia da Costa, Vila Velha, no dia 9 deste mês.
Imagens de câmeras registraram que os criminosos chegaram ao local cerca de 2 horas antes do crime.
Eles estacionaram o carro, um Fiat Pulse cinza, um veículo atrás do BMW verde da vítima.
Quando o empresário abriu a porta de seu BMW, o motorista do Fiat Pulse, apontado pela Polícia Civil como Arthur Laudevino Candeas Luppi, de 22 anos, preso na terça-feira, saiu com o veículo da vaga e passou por Wallace.
Foi neste momento que Arthur Neves de Barros, 35 anos, que estaria no banco de trás do carona, baixa o vidro e atira, segundo a polícia.
Wallace foi levado por amigos a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Fuga
Os criminosos fugiram em direção à alça da Terceira Ponte.
O veículo foi encontrado, na tarde do dia 10, próximo à alça da Terceira Ponte por moradores que estranharam o fato de o carro estar no mesmo local desde a noite anterior, e acionaram a PM e a Polícia Civil. O Fiat Pulse foi periciado.
Prisões
Arthur Laudevino Candeas Luppi, 22, preso na terça-feira, em Minas Gerais, é apontado pela Polícia Civil como o condutor do Fiat Pulse.
Arthur Neves de Barros, 35 anos, preso ontem na Paraíba, é apontado pela Polícia Civil como o executor do empresário.
Motivação e mandante
O secretário de Estado da Segurança, Leonardo Damasceno, informou que há um mandante, mas sua identidade não foi revelada.
A motivação ainda não foi esclarecida pela polícia.
Fonte: PCES, PCPB, SESP e TV Tribuna/Band.
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