Polícia Civil prende homem suspeito de vender armas por aplicativo
Investigado, de 30 anos, foi preso no dia 14, em Viana, mas a prisão foi divulgada nesta quarta-feira (20) pela Polícia Civil

Um vendedor de produtos usados foi preso por comércio ilegal de armas de fogo, que era realizado por meio de um aplicativo de mensagens. O investigado, de 30 anos, foi preso no dia 14, em Viana, mas a prisão foi divulgada nesta quarta-feira (20)pela Polícia Civil.
De acordo com o titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, a polícia chegou ao suspeito por meio de uma denúncia anônima.
“Obtivemos mandado de busca e apreensão e foram apreendidas municões de escopeta calibre 12 e o celular dele. Com autorização judicial, acessamos o celular, e encontramos imagens e diálogos sobre o comercio ilegal de arma e deliberamos sobre a prisão em flagrante dele”, afirmou o delegado.
Guilherme Eugênio informou que a prisão em flagrante foi convertida pela Justiça em prisão preventiva. O celular foi encaminhado para a perícia.
“Foi constatado que o suspeito havia sido preso já duas vezes em poder de armas de fogo e se encontrava ainda cumprindo o pena de prestação de serviços à comunidade em razão da mais recente dessas prisões”, disse o delegado.
Segundo Guilherme Eugênio, o suspeito percorre toda Grande Vitória vendendo cestas básicas para famílias carentes que não têm como ir para o supermercado. “E nessa atividade ele conhece pessoas e acaba promovendo os contatos para a atividade ilegal dele”.
O delegado destacou que comércio ilegal de armas de fogo é um crime com 4 a 8 anos de prisão e é um crime hediondo, que vai dificultar a concessão de benefícios.
“Não houve resistencia e, como ele estava acostumado a ser preso por posse e porte ilegal de armas de fogo, que são crimes afiançáveis, ele tinha a expectativa de pagar fiança. Familiares dele foram para a delegacia prontos para pagamento da fiança que fosse arbitrada”, disse Guilherme Eugênio.
Porém, o crime de comércio ilegal de arma de fogo não permite fiança. “Inclusive esse crime foi equiparado aos crimes hediondos, o que torna a situação dos autores bem mais graves”.
Armas eram anunciadas por fotos
Ao ser interrogado, o suspeito confessou a venda de uma ou de outra arma de fogo, mas negou atuar profissionalmente como comerciante de armas, de acordo com o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues.
“Porém, o Estatuto do Desarmamento equipara as condutas daquele que exerce o comércio em um estabelecimento formal com o CNPJ à conduta daquele que promove a venda não formal, aquele que em sua casa começa a praticar o comércio ilegal de armas. Então, são condutas equiparadas”, disse o delegado.
Segundo Guilherme Eugênio, o suspeito e outros que atuam nesse crime não guardam com ele as armas que comercializam.
“Eles fotografam as armas, anunciam, e as mantêm em poder de pessoas insuspeitas. Nesse mercado a regra é: aquele que se expõe, que aparece formalmente como vendedor não mantém as armas em seu poder, para caso alguém denuncie essa atividade, a polícia tenha dificuldade de localizar. A maioria das pessoas são presas por porte ilegal de armas, sem que seja possível comprovar a comercialização”, disse.
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