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Polícia

O que a Polícia Civil quer saber sobre morte de empresário na Mata da Praia

O empresário Manoel de Oliveira Pepino, de 73 anos, foi morto a tiros após confusão com vizinho


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Imagem ilustrativa da imagem O que a Polícia Civil quer saber sobre morte de empresário na Mata da Praia
Crime na Mata da Praia: policiais estiveram no local após o ocorrido. Investigações seguem em curso |  Foto: Reprodução / TV Tribuna

A Polícia Civil segue investigando a morte do empresário Manoel de Oliveira Pepino, de 73 anos, ocorrida no início da noite do último sábado (20), na Mata da Praia, em Vitória. Manoel se envolveu em uma discussão com o vizinho, o advogado Luís Hormindo França Costa, de 33 anos, que escalou para uma troca de tiros que vitimou o empresário.

De acordo com as informações levantadas pela polícia até aqui, o motivo da discussão teria sido o fato de Manoel estar passeando com seu cachorro, da raça malamute-do-Alasca, sem coleira. Ao passar próximo de Manoel e seu cão, Luís, que também passeava com seu animal da raça american bully, teria questionado o empresário, dando início à discussão que levaria à morte de Manoel.

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Em meio às versões da família da vítima e da defesa de Luís, a Polícia Civil segue as investigações para entender quem disparou primeiro, quantos tiros foram dados e outras informações que possam ser úteis para a conclusão do caso.

O que a Polícia Civil quer saber

Dinâmica

As investigações devem apontar, de fato, quem atirou primeiro, o empresário Manoel de Oliveira Pepino, de 73 anos, ou o advogado Luis Hormindo França Costa, de 33 anos.

Também não foi respondido ainda quantos tiros foram disparados de cada lado.

Outras perguntas aguardam por respostas. Por exemplo, quanto tempo levou para o empresário ir em casa e retornar com a arma? O advogado ficou esperando do lado de fora? Quantos tiros atingiram a vítima? Foi pelas costas? Foi só um tiro na cabeça? Qual foi a distância que o empresário foi atingido?

Foi legítima Defesa?

A investigação e a Justiça vão apontar se Luis teria agido em legítima defesa, ao efetuar vários disparos, como alega o seu advogado.

Caso não tenha sido o primeiro a disparar a arma de fogo, a reação realmente foi proporcional?

Em qual circunstância foi iniciada a troca de tiros?

Armas

Ainda não foi informado se o empresário tinha posse ou porte de arma de fogo.

Pena

Até o momento, o advogado Luis Hormindo, que foi preso em flagrante, teve a prisão convertida em preventiva pelo crime de homicídio simples.

O presidente da Comissão da Advocacia Criminal e Política Penitenciária da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Estado (OAB-ES), Anderson Burke, explica os cenários.

“Caso o Ministério Público entenda que o homicídio foi na modalidade simples, o advogado poderá pegar uma pena de 6 a 20 anos de reclusão. Caso entenda que foi na modalidade qualificada poderá pegar uma pena de 12 a 30 anos de reclusão”.

Fonte: Especialistas, Sesp e reportagem de A Tribuna.


Relembre o caso

Crime

Uma discussão por causa de um cachorro sem coleira e guia em uma das ruas da Mata da Praia, em Vitória, terminou em troca de tiros e na morte do empresário Manoel de Oliveira Pepino, de 73 anos, no início da noite do último sábado (20).

O advogado Luis Hormindo França Costa, 33, passeava com seu cachorro (da raça American Bully, versão pocket) a algumas quadras da sua casa, quando teria visto o empresário com o cão Lobo, da raça da malamute-do-Alasca, solto. Isso teria iniciado uma discussão.

Manoel teria ido até a sua casa buscar um revólver calibre 32. Já o advogado, que tem porte de arma, estava com uma pistola 9 milímetros, com dois pentes, com capacidade para 15 munições cada.

O advogado e o empresário moravam na Mata da Praia. O cão Lobo, da vítima, foi atingido em uma das patas, mas passa bem.

Pessoas próximas afirmam que os dois vizinhos já teriam discutido antes por causa dos animais.

Há divergências nas versões de cada lado, que estão sendo investigadas pela Polícia Civil.

Luis Hormindo está preso desde sábado. Ele está na Penitenciária de Segurança Média 1, em Viana.

O que diz a família da vítima

A viúva de Manoel, Marília Fernandes Pepino, relatou em entrevista à TV Tribuna que estava com o marido e com o cachorro da família, em uma praça em frente à casa deles, quando o advogado passou.

Ela relata que o advogado teria ofendido e feito ameças de que iria matar o empresário e o cão deles. Teria dito, ainda, que por causa disso, o marido entrou em casa e voltou com a arma na cintura.

Ela afirmou que tentou contê-lo, sem êxito. Também pediu para que o advogado fosse embora, o que também não foi atendido.

Segundo Marília, os primeiros disparos saíram da arma de Luis.

O que diz a defesa

O advogado Leonardo Gagno, responsável pela defesa do advogado Luis Hormindo França Costa, diz que o cliente atirou para “se defender”.

Afirmou, ainda, que Luis passeava com o cachorro quando iniciou um conflito verbal e a viúva do empresário, Marília, teria “atacado” verbalmente o advogado.

A informação da defesa é que Manoel correu para casa, pegou um revólver e voltou atirando no advogado, que teria revidado para se proteger, sem acertar inicialmente Manoel. Depois de ter recebido outros disparos, a defesa alega que Luis atirou e acertou o empresário, que morreu no local.

O advogado de defesa explicou ainda que Luis usava a arma há mais de dois anos, para se proteger após ter sido vítima de ameaça enquanto trabalhava como advogado, e tinha autorização para portá-la.

A defesa vai pedir nesta semana a concessão de liberdade provisória mediante aplicação de medidas cautelares alternativas.

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