Mulher é resgatada após ficar quase 10 anos em cativeiro
Vítima que estava desaparecida desde 2015 conseguiu contatar a família pelas redes sociais
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Uma mulher de 25 anos foi resgatada após ficar em cativeiro por quase 10 anos. Ela, que estava desaparecida desde 2015, conseguiu contatar sua família recentemente pelas redes sociais, o que deu início à "Operação Resgate".
A operação de resgate foi realizada no município de Jucuruçu, na Bahia, à 450 quilômetros de distância de Rio Bananal, onde a vítima morava. Ao chegarem ao local, realizaram campanas para identificar o cativeiro e, na manhã desta sexta-feira (20), cercaram o ambiente. No entanto, o suspeito de 43 anos, conseguiu fugir para a mata ao perceber a chegada da polícia.
O delegado Fabrício Lucindo, chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares, disse que o criminoso conhecia muito bem a área e, apesar de ser perseguido pelos policiais por um longo período, conseguiu se evadir. Continuamos as buscas para capturá-lo.
Logo após ser resgatada, a vítima relatou que sofreu abusos sexuais constantes e era mantida trancada e sob ameaça de morte, inclusive contra seus familiares, caso tentasse escapar.
"Ele a vigiava o tempo todo e nunca permitiu que ela frequentasse a escola. A vida dela era completamente controlada por ele. A vítima passou por vários locais, incluindo a capital Vitória, onde viveu por três anos, antes de ser levada para Jucuruçu. Durante todo o tempo, ela foi obrigada a trabalhar na roça e recebia apenas R$ 100,00 por mês”, afirmou o delegado Fabrício Lucindo.
O suspeito deu à vítima um celular há oito meses, permitindo assim que ela conseguisse contatar sua família sem o conhecimento dele. "Ela criou uma conta na rede social Instagram e conseguiu pedir ajuda. Foi a partir daí que conseguimos montar a operação", disse o delegado.
Além de libertar a vítima, a Polícia Civil apreendeu no local três armas de fogo de fabricação caseira, incluindo uma calibre 12 e um revólver calibre 38, além de munições e documentos falsos. As buscas pelo sequestrador continuam, e a polícia pede que qualquer informação sobre o paradeiro dele seja comunicada pelo Disque Denúncia 181, com garantia de sigilo.
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