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Polícia

Lancha e até R$ 25,5 milhões apreendidos em operação da Polícia Federal no ES

Os policiais também apreenderam armas de grosso calibre e carros de luxo


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Imagem ilustrativa da imagem Lancha e até R$ 25,5 milhões apreendidos em operação da Polícia Federal no ES
Um dos materiais apreendidos foi uma Lancha |  Foto: Reprodução/PF

A Polícia Federal cumpriu 17 mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira (31). Além dos mandados, os agentes também cumpriram "ordem de sequestro" de imóveis, carros de luxo e até lanchas.

A ação faz parte da Operação Alapar, que tem o objetivo de desarticular uma associação criminosa envolvida em esquema de criação de empresas de fachada, em nome de "laranjas".

Foram apreendidos armas de grosso calibre, de colecionador, lanchas, carros de luxo como um Porsche azul (veja as fotos abaixo). Além disso, foi bloqueado o valor de R$ 25.5 milhões das contas dos acusados.

Esses empreendimentos eram usados para enviar ilegalmente dinheiro ao exterior, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, empréstimos bancários fraudulentos e fraudes em dispensas de licitações e contratos públicos.

De acordo com a Polícia Federal, essa operação é desdobramento das operações Masqué (2019) e Arcano (2021), em que foram identificadas várias empresas de fachada utilizadas para envios ilegais de valores ao exterior. 

"O modus operandi do grupo consistia no uso de documentação inidônea de comércio exterior para lastrear operações de câmbio junto a instituições financeiras, enviando recursos de forma ilícita", disse o órgão federal.

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Mesmo após o fim dessas investigações de 2019 e 2021, e mesmo após a condenação de alguns dos envolvidos em primeira instância, os policiais perceberam que o esquema continuou, mas com novas empresas de fachada criadas.

No entanto, desta vez, os acusados não estavam apenas utilizando para fugir das dívidas, mas também para outros crimes. 

"Foi verificado que algumas das empresas de fachada operadas pelo grupo criminoso seriam utilizadas para obtenção de linhas de créditos bancários, mediante pagamento de propina a gerentes das agências. Também foi verificada a utilização das empresas fantasmas em contratações públicas, com fortes indícios de direcionamento e corrupção", disse a PF. 

Ao todo, participaram da ação 70 policiais federais, oito auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal, além do apoio logístico da Polícia Militar e da Marinha do Brasil. 

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