Golpe do consórcio: como um falso correspondente enganou vítimas em Vitória
Principal investigado agia com 3 comparsas a partir de um ponto comercial em Vitória no golpe do falso comércio de imóveis
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Suspeito de aplicar golpes com falsas promessas de contemplação em consórcios imobiliários na Grande Vitória, o líder de uma associação criminosa, que já causou prejuízo superior a R$ 400 mil a pelo menos sete vítimas, foi preso.
O principal investigado, Antony de Oliveira Braz Amorim, de 28 anos, agia com três comparsas a partir de um ponto comercial na Enseada do Suá, bairro nobre de Vitória. Ele simulava ser correspondente bancário para enganar vítimas interessadas em comprar imóveis.
Segundo a polícia, ele recebia as vítimas em um espaço comercial montado para parecer uma instituição financeira legítima. Ele oferecia oportunidades atrativas de compra por meio de consórcio — com a falsa garantia de que a carta de crédito já estaria contemplada.
Nos encontros presenciais, Antony convencia as vítimas de que era necessário pagar um valor de entrada para garantir a carta contemplada e agilizar a liberação do imóvel. Após os pagamentos, ele bloqueava os clientes e não entregava nenhum documento do suposto consórcio.
A prisão de Antony foi resultado da Operação Consórcio Falido. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e determinado o bloqueio judicial de contas bancárias. Além de Antony, foram indiciados sua esposa, Géssica Bermudes Sopeleto, de 28 anos, e dois comparsas: Hudson Batista de Souza Graúna, de 39, e Wender Vitor Pereira Gonzaga, de 24.
Antony era o rosto da fraude, enquanto Géssica atuava como secretária e emprestava seu nome para as empresas de fachada utilizadas na movimentação do dinheiro. Os demais envolvidos cederam seus dados e participavam na estruturação do esquema.
Durante a operação, a polícia apreendeu uma pistola Glock 9mm registrada em nome de Géssica, oito carregadores, 314 munições, além de armas de airsoft, relógios de luxo, documentos e materiais usados no golpe.
“Nos chamou a atenção a quantidade de munições e acessórios. Isso levanta suspeitas sobre possível envolvimento com comércio ilegal de armas”, afirmou o delegado Diego Bermond. A polícia acredita que existam outras vítimas e segue investigando possíveis conexões do grupo com o tráfico de armas.
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