Feminicídio: acusado de matar a ex-mulher em Aracruz se entrega a polícia
Felipe Silva de Almeida confessou o crime em um áudio compartilhado em um aplicativo de mensagens
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Felipe Silva de Almeida, acusado de matar a ex-companheira em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, se entregou a polícia na noite desta terça-feira (23). O homem se apresentou, acompanhado por um advogado, em uma delegacia na cidade de Linhares.
A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública, Eugênio Ricas. "É um conforto saber que um criminoso como esse, a partir de agora, vai passar um bom tempo atrás das grades", afirmou o secretário.
A Justiça havia expedido um mandado de prisão temporária contra Felipe na segunda-feira (22). O atirador confessou o crime em um áudio compartilhado em um aplicativo de mensagens.
Aline Ribeiro da Rosa tinha 35 anos e deixa três filhos. "Nada vai trazer a Aline de volta. Nós nos solidarizamos com a família, recriminamos todo tipo de violência contra a mulher", completou Ricas.
Entenda o caso
O assassinato foi registrado por câmeras de videomonitoramento. As imagens exibidas pela TV Tribuna mostram o homem perto da ex-companheira, que está sentada na calçada. Após breve conversa, ele saca uma arma e atira diversas vezes contra a vítima. O crime é cometido próximo a diversas pessoas.
Após o assassinato, um áudio no qual o atirador confessa o crime começou a ser compartilhado em aplicativo de mensagens. "Ela fica me provocando muito, entendeu? [...] Ela falou um monte de coisa comigo, aí eu saí do carro, já botei a arma na cara dela e já era. 'Piquei' bala mesmo, descarreguei o pente", diz ele na gravação obtida pela reportagem da TV Tribuna.
"'Tô' arrependido né, matar a mãe dos meus filhos. Estava chorando antes, triste pelo que eu fiz, mas agora não. Ela mereceu, porque ela procurou. Eu vou ficar um tempão agora lá, mas tá tranquilo", diz o acusado no fim da gravação.
O homem vai responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ter cometido o crime em virtude do sexo da vítima – se enquadrando na qualificadora de feminicídio.
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