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Polícia

Empresário suspeito de mineração ilegal na Amazônia é preso

Ele tinha um mandado de prisão temporária de cinco dias expedido contra ele pela Polícia Federal de Rondônia


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Imagem ilustrativa da imagem Empresário suspeito de mineração ilegal na Amazônia é preso
Empresário foi preso |  Foto: Arquivo/AT

A Polícia Militar de São Paulo prendeu por volta das 12h30 deste domingo (18) um empresário, de 57 anos, em uma blitz no bairro de Moema, zona sul da capital.

Dono de uma empresa de mineração, com sede na avenida Paulista, e presidente da Associação Nacional do Ouro (Anoro), ele tinha um mandado de prisão temporária de cinco dias expedido contra ele pela Polícia Federal de Rondônia.

O processo corre em sigilo. O empresário é suspeito de mineração ilegal na Amazônia. Após a prisão, ele foi levado para a carceragem da Polícia Federal de São Paulo.

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da empresa de mineração na noite deste domingo, mas não houve retorno para mensagens nem ligações.

Em maio, depois que a Polícia Federal apreendeu 78 kg de ouro –de valor estimado de R$ 23 milhões– em Sorocaba, no interior de São Paulo, o empresário veio a público para confirmar que o metal pertencia de fato à sua empresa. Na ocasião, ele defendeu que tudo tinha origem legal.

"Esse ouro pertence, sim, à minha empresa", afirmou o empresário, em vídeo enviado pela assessoria de imprensa da empresa de mineração. "Todo ele foi comprado sob permissão de lavra garimpeira concedida, que não pertence a área indígena, que não pertence a garimpos ilegais."

O detido, que foi filiado ao PSDB e, em 2018, chegou a concorrer como primeiro suplente do senador Flecha Ribeiro, pelo estado do Pará, afirma ainda no vídeo que o garimpo precisa de mudanças.

"Principalmente na questão ambiental", diz. "E nós fazemos parte desse trabalho, buscando sempre a parte educacional e orientativa. A minha empresa recolhe todos os tributos, todos os encargos. E vai continuar trabalhando de forma correta, digna e séria."

O carregamento de ouro apreendido pela PF era escoltado por policiais militares paulistas, dois deles lotados na Casa Militar, unidade da Polícia Militar de São Paulo instalada dentro do Palácio dos Bandeirantes e responsável pela segurança dos governadores.

No vídeo, o empresário nada fala sobre a escolta.

Os PMs estavam em dois veículos registrados em nome da empresa. Integrantes da cúpula da Segurança Pública de São Paulo ouvidos pela Folha afirmaram que os PMs relataram aos superiores que estavam a serviço dessa empresa.

Segundo a PF, os documentos apontam que o ouro seria proveniente de Mato Grosso e Pará. "O metal foi encaminhado para realização de perícia em laboratório específico da PF."

A PF afirmou, ainda, que o avião usado para transportar o ouro tinha sido apreendido por ser objeto de sequestro criminal em outro inquérito policial. "As circunstâncias da utilização proibida da aeronave serão apuradas."

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