Dupla que roubou R$ 400 mil em prédio de luxo na Praia do Canto é presa em SP
Criminosos fazem parte de organização criminosa que consegue informações sobre as vítimas em sites do exterior
Foram presos em São Paulo dois homens suspeitos de cometerem um assalto à um edifício na Praia do Canto, em Vitória, no dia 07 de junho deste ano. A dupla e outros dois envolvidos são investigados pela Polícia Civil do Espírito Santo e acusados de fazer parte de uma organização criminosa especializada em furtos a condomínios de luxo.
A prisão, decretada pela Justiça capixaba, aconteceu no último dia 08, em parceria com o Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC) de São Paulo. Os alvos teriam deixado um prejuízo estimado em R$ 400 mil após levarem um cofre contendo dinheiro e joias.
Imagens de câmeras de segurança do prédio foram divulgadas pela polícia. A gravação mostra o momento em que dois envolvidos estão no elevador, por volta de 17 horas do dia 07 de junho. Próximo às 18h50, os dois são novamente filmados no elevador, entrando com o cofre. (veja abaixo)
Eles também foram flagrados já na parte externa do edifício, carregando o material roubado pela rua antes de entrarem em um táxi pedido por outro envolvido.
Segundo a polícia, os homens que aparecem nas imagens são Rodrigo Gomes dos Santos, de 35 anos, e Leonardo Augusto de Souza Lourenço, de 37 anos.
Outras imagens mostram Rodrigo entrando no prédio mais cedo no mesmo dia, por volta de 13h. Um terceiro envolvido também aparece na portaria do prédio mais cedo. Ele seria Lucas Gabriel Oliveira Nogueira, de 22 anos. Lucas e Leonardo - que aparece no elevador - foram capturados pela polícia. Já Rodrigo, que também aparece nas imagens do elevador, ainda está foragido.
Investigações apontam que os envolvidos levaram o cofre até a Prainha, onde passaram para um carro alugado por eles. Depois, o cofre teria sido abandonado em Santa Paula, em Vila Velha. Os criminosos fugiram levando os pertences roubados para São Paulo.
A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Segundo a polícia, a organização criminosa da qual eles fazem parte age em diversos estados do país. No Espírito Santo, 10 casos já foram registrados desde 2017, e já teriam deixado um prejuízo estimado em 2 milhões de reais para todos os moradores.
O delegado Gabriel Monteiro, chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), explicou que a maioria das vítimas são estrangeiros, como chineses, portugueses e árabes. "Porque pessoas dessas nacionalidades têm o costume de manter joias e dinheiro em casa, então tornam-se alvo promissor para eles".
COMO AGEM
Segundo a polícia, os criminosos agem conseguindo dados das vítimas através de sites do exterior, como número do celular e da portaria do prédio, além de quais veículos a pessoa tem e quanto ganha.
"Eles também tem condições de levantar através desses sites viagens que você faz, hotéis que você se hospeda, quanto de dólar você usou... Então eles têm toda essa leitura através desses sites que ficam hospedados fora do país", explicou o delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda.
O delegado Gabriel Monteiro alertou para a segurança nos prédios. "Eles estão sempre bem vestidos, são pessoas de boa fala e nesse caso o indivíduo se passou por morador do prédio. O porteiro permitiu a entrada dele. E ele ficou cerca de 1 ou 2 horas estudando todos os andares que ele já tinha as informações", relatou.
Dos quatro participantes no crime, dois estão presos e outro já foi identificado. Um quarto envolvido, que agradava o trio em outro carro em frente ao prédio, ainda não foi identificado. Todos já possuem passagens por crimes da mesma espécie. Eles vão responder por furto qualificado e por organização criminosa.
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