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Caso Kauã e Joaquim

Kauã e Joaquim: crianças estavam vivas quando incêndio começou, diz bombeiro

Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros deu detalhes de conclusões de laudos do incêndio no quarto dos irmãos Kauã e Joaquim


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Imagem ilustrativa da imagem Kauã e Joaquim: crianças estavam vivas quando incêndio começou, diz bombeiro
Joaquim e Kauã: laudos apontaram que os irmãos estavam vivos quando incêndio começou |  Foto: Reprodução

Em depoimento durante o julgamento, o tenente-coronel Benício Ferrari, do Corpo de Bombeiros, deu detalhes da conclusão dos laudos da corporação sobre o incêndio no quarto que resultou na morte dos irmãos Kauã e Joaquim. Uma das conclusões, com base nas análises técnicas e científicas, foi de que as crianças estavam vivas no momento em que as chamas começaram. 

"No laudo cadavérico, deu a informação de que as crianças tinham fuligem nas vias aéreas superiores. Quer dizer, elas aspiraram fumaça durante o incêndio, elas estavam vivas quando começou a pegar fogo", disse o bombeiro

Leia mais notícias do caso Kauã e Joaquim aqui

Segundo Ferrari, os laudos apontaram ainda que o índice de carboxiemoglobina - indicador da exposição ao monóxido de carbono e ao diclorometano - no sangue dos irmãos estava muito baixo.

"Isso quer dizer elas respiraram monóxido, mas foi por muito pouco tempo. Quando uma pessoa está exposta a um ambiente de incêndio em um cômodo fechado, o índice de carboxiemoglobina tende a subir rápido, é o que a literatura mostra. A única situação em que a carboxiemoglobina aparece no sangue, mas aparece muito baixa, é em um incêndio muito rápido. Em uma das crianças o índice de carboxiemoglobina era tão baixo quanto de um fumante passivo", explicou o bombeiro.

A defesa do ex-pastor havia pedido a dispensa do depoimento tentente-coronel, alegando que ele deu uma entrevista e chamou o réu de "monstro". No entanto, o juiz Tiago Faváro Camata, que comanda o júri popular, não atendeu ao pedido e determinou que o bombeiro seja ouvido no julgamento. 

Durante o depoimento, o tenente-coronel reforçou que a entrevista só foi concedida depois que as investigações foram concluídas pelo Corpo de Bombeiros.

"Antes disso, a gente é até proibido de falar com a imprensa. Não houve contato com a imprensa antes de ser concluído esse laudo. Uma vez concluído o laudo, cheguei a conclusões usando o método científico, sou atrelado a conclusões que cheguei. Não viu ser parcial porque tenho a certeza científica daquilo que conclui", afirmou Ferrari.

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