Funcionário público é preso por usar ponto eletrônico em concurso do TSE no Recife
Homem trabalha em Catende, na Mata Sul, e usava um dispositivo minúsculo na orelha que recebia sinais de rádiofrequência
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Um candidato de 31 anos foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF) enquanto utilizava um ponto eletrônico durante a prova do concurso unificado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Recife. O crime ocorreu no último domingo (8), em uma universidade no bairro da Madalena, Zona Oeste da capital.
A prisão foi parte de uma operação da PF para identificar suspeitos que utilizam dispositivos de radiofrequência em concursos públicos.
"A ação foi levada a efeito por meio do setor de inteligência e pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal, que identificou e prendeu o suspeito por estar utilizando equipamentos de recepção de sinais de rádiofrequência, popularmente conhecidos como ponto eletrônico”, disse Giovani Santoro, chefe de comunicação da Polícia Federal.
Natural de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, o homem trabalha como orientador social no município de Catende, na Zona da Mata Sul do estado. Após ser flagrado, ele tentou fugir do local levando o caderno de questões, mas foi contido e preso. O nome do suspeito não foi divulgado.
"Ele ainda tentou se evadir do local da prova, portando um caderno de questões com o objetivo de fraudar o concurso público do TSE, mas foi logo contido e preso”, acrescentou Giovani.
De acordo com a PF, o preso vai responder por fraude em certame de interesse público, crime que prevê pena de 1 a 4 anos de prisão e multa. Por ser funcionário público, a pena pode ser agravada.
"O indiciado vai responder inicialmente pelo crime de fraude em certame de interesse público, que prevê pena de reclusão de 1 a 4 anos, além de multa, acrescido de um terço da pena por se tratar de um funcionário público”, declarou.
As investigações continuam para identificar possíveis cúmplices envolvidos na prática criminosa.
"O preso ainda passará por audiência de custódia e, se for confirmada sua prisão preventiva, irá para o cárcere. Caso contrário, responderá ao processo em liberdade."
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