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Economia

Sudene destaca papel dos incentivos fiscais para as cidades

Autarquia pretende ampliar o número de cidades beneficiadas pelos mecanismos de financiamento, fundamentais para atrair investimentos para as cidades


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Imagem ilustrativa da imagem Sudene destaca papel dos incentivos fiscais para as cidades
|  Foto: Divulgação / Ângelo Câmara /Ascom-Sudene

R$ 56 bilhões de investimentos atraídos para Pernambuco ao longo dos últimos nove anos. Foi esse o saldo apresentado pelo coordenador-geral de Incentivos e Benefícios Fiscais e Financeiros da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, Silvio Carlos do Amaral e Silva, durante a participação da entidade durante o debate realizado sobre “Investimentos para o desenvolvimento do Nordeste”, uma das atividades do 6º Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).

Representando o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, Amaral destacou que os recursos são provenientes de investimentos realizados por empresas que contaram com os incentivos fiscais disponibilizados pela autarquia. Apesar do volume de recursos, a Sudene tem planos audaciosos para ampliar a participação de municípios participando dos programas de incentivo. Atualmente, dos 184 municípios pernambucanos, apenas 61 contam com empreendimentos beneficiados pelos incentivos. 

Além de Amaral, estiveram presentes a economista e especialista em desenvolvimento regional, Tânia Bacelar, o economista-chefe do Banco do Nordeste, Luiz Esteves, e o representante da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe), Maurício Laranjeira. A medicação ficou por conta do prefeito do município de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto Leite de Arruda.

Durante sua apresentação, Amaral explicou que o acesso aos incentivos fiscais oferecidos pela Sudene está disponível para empresas dos mais variados portes, destacando o caráter democrático deste mecanismo. Em Pernambuco, segundo o gestor, dos R$ 55,8 bilhões em investimentos registrados pelas pessoas jurídicas beneficiadas, as indústrias de transformação (R$ 43,3 bi) e empreendimentos da área de infraestrutura (R$ 11,5 bi). Estes foram os setores que mais aportaram recursos em projetos localizados no estado. No total, foram 615 empresas beneficiadas pela Superintendência no mesmo período.

“Um dos nossos maiores desafios é ampliar ainda mais o acesso aos incentivos fiscais, especialmente para levar mais empresas ao interior dos estados, desconcentrando os investimentos. Percebemos que há muitos municípios com grande potencial econômico que ainda não registram empresas beneficiadas por estes instrumentos e queremos melhorar esse cenário”, explicou o gestor da Sudene.

Tânia Bacelar destacou que o maior desafio do Nordeste ainda é modificar a visão ultrapassada que os centros nacionais de decisões econômicas e políticas possuem da região. Na avaliação da economista, persiste o estigma de flagelo social associado especialmente à seca, mesmo com o desponte de novas iniciativas bem-sucedidas na região - a exemplo da geração de energia renovável, nas áreas de educação e tecnologia da informação. “A diversidade regional é um ativo estratégico. E cabe ao Nordeste apresentar esta característica como diferencial. A economia do semiárido está mudando. É preciso, por exemplo, colocar a caatinga na agenda ambiental brasileira. A agenda de investimentos se renovou e tornou-se mais complexa”, apontou a especialista.

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