Neymar, mesmo em má fase, deve ser convocado para a Seleção?
Rafael Araújo
Rafael Araújo é formado em jornalismo pela Uninassau Recife. Atua como repórter e colunista de esportes no portal Tribuna Online. É também produtor do Jogo Aberto Pernambuco da Tv Tribuna PE / Band.
Na próxima segunda-feira (25), o técnico Carlo Ancelotti anunciará a convocação dos 23 jogadores que defenderão a seleção brasileira nas duas últimas partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo. Os próximos jogos serão contra Chile e Bolívia. O Brasil já está classificado para o Mundial, que será nos EUA, Canadá e México.
Mas o assunto que tem repercutido neste comecinho de semana não é nem sobre os jogos que a seleção tem pela frente, e sim em torno de um outro assunto: Neymar Júnior.
Diversos portais de notícias esportivas do país têm informado que o jogador do Santos, ou melhor, o craque Santos, estaria na lista dos pré-convocados. Outros nomes também aparecem nessa relação, mas eu quero mesmo é me restringir ao do Neymar.
O atacante, que atualmente tem 33 anos, está a quilômetros de distância do Neymar decisivo que surgiu no Peixe, em 2009, e ainda mais longe do camisa 11 que fazia o trio MSN (Messi, Suarez, Neymar), durante a passagem no Barcelona. Que lembrança boa!
Neymar, versão 2025 - ou se preferir, versão 3.3 - não tem sido decisivo. Na verdade, ele tem sido mais uma atração midiática que leva torcedores aos estádios (e olha que estou falando das poucas vezes que tem entrado em campo, com tantas lesões que tem enfrentado). Tem sido assim em São Paulo, Rio, Maceió ou Recife. Neymar é um evento à parte. É um cara que é amado e detestado por muitos. Mas eu fico do lado daqueles que são admiradores do futebol, mesmo em queda, do camisa 10 do Santos.
Mas vamos ao que interessa? Vamos!
Neymar merece uma chance na seleção, mesmo não jogando o fino da bola?
Eu diria que sim. Sem titubear. Não temos o luxo de outros tempos, quando éramos um país com um seleto grupo de craques.
Neymar precisa ser chamado pelo simples fato de que ele é o único craque do futebol brasileiro atualmente. Uma espécie de edição limitada no momento. Temos medianos e bons jogadores, mas gênio? Só ele. Então, qual a lógica o deixarmos de fora? Má fase se recupera. Genialidade é algo que nasce com o jogador. É um dom.
Meritocracia é importante. Mas, no futebol eu sou defensor daquela lógica de não se tirar o melhor jogador de um time. Deixa em campo. Insiste. Acredita. Uma hora o craque volta a ser o que já foi um dia.
Mas tem um ponto que não pode ser ignorado e esse é crucial. Não adianta bater de frente com aqueles que “cancelam” o Neymar na seleção, trazer à tona todas as qualidades dele como jogador, se o próprio não tiver mais interesse em ser feliz jogando bola.
Usar o limitado time do Santos como parâmetro não é justo. Acredito até que não foi uma boa para o atacante ter retornado para o Peixe, que subiu da Série B na temporada passada, mas continuou com futebol de segunda prateleira. Futebol é coletivo. Sozinho ninguém resolve.
Ancelotti não deveria ter dúvidas. Temos praticamente um ano para a Copa. O melhor a se fazer é inserir ele no contexto da seleção, apoiar e acreditar no potencial de recuperação do atleta.
É momento de agregar e não desvalorizar o Neymar, principalmente quando se trata de uma seleção que tem escassez de genialidade.
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Na coluna Tribuna da Bola você encontrará muita informação e sempre com o olhar crítico do jornalista e cronista esportivo Rafael Araújo. O futebol é muito mais que bola na rede ou dois times em campo. Tem paixão, histórias marcantes, negociações milionárias e até mesmo política nos bastidores. E por ser tão amplo, o Tribuna da Bola não poderia ser diferente. Falamos de tudo que envolve esse esporte absurdamente apaixonante.