Hélio dos Anjos levou o Náutico ao caminho certo

A gente sabe que no futebol o objetivo é chegar bem na reta final de qualquer competição. E, convenhamos, quantas vezes já vimos um time começar voando e terminar a temporada em baixa? Aquela história de "nadou, nadou e morreu na praia" marcou época, e por aqui em Pernambuco, alguns rivais usaram e abusaram dessa frase para definir os tropeços do Náutico em momentos decisivos. Mas hoje é tudo muito diferente.
A palavra "Timbatível", que a torcida alvirrubra sempre escreve em cartazes e placas com orgulho nos Aflitos, nunca fez tanto sentido. São treze jogos de invencibilidade na Série C, com a última derrota no dia 24 de maio, contra a Ponte Preta, ainda pela primeira fase do campeonato. Desde então, foram 9 vitórias e 4 empates, e 31 dos 39 pontos disputados.
O grande responsável por essa grande fase tem nome e sobrenome: Hélio dos Anjos. Aos 67 anos, o técnico parece ter uma relação única com Náutico. Vale relembrar: Em 2006, levou o time à Série A, algo que não acontecia desde 1993. No ano de 2020, salvou Timbu do rebaixamento para a Série C e, no ano seguinte, conquistou o Pernambucano em cima do maior rival, o Sport. Agora, em 2025, novamente Hélio está fazendo a torcida sonhar.
O Náutico chega ao quadrangular como um dos favoritos ao acesso. E não é só pelo momento em campo, mas também segurança do comando. Não adianta o time está de vento em popa e depois cair na armadilha do "salto alto". Hélio dos Anjos tem o grupo na mão, o respeito da diretoria e a confiança total da torcida do Timba.
É claro que futebol é um esporte coletivo e Hélio não faz tudo sozinho. Mas quando o elenco reconhece que há um verdadeiro comandante, o desempenho individual e coletivo muda. A evolução do grupo passa diretamente pelas mãos do treinador.
Lembro da primeira coletiva dele este ano. Hélio já pedia um Náutico "em alto nível”, com intensidade, correndo e dando o máximo. Ele mal conhecia os jogadores, não sabia da qualidade deles, mas já chegou ditando o ritmo e colocando as cartas na mesa. O time precisava de resultados , beirava a zona de rebaixamento. Ninguém confiava no Náutico. Nem a torcida. Agora, o Timbu joga exatamente como Hélio disse que queria: pra cima! Seja nos Aflitos ou fora de casa, o Náutico sempre busca sair de campo com o resultado positivo.
Sinceramente? Só uma catástrofe tira o acesso do Náutico. Pode acontecer? No futebol tudo é possível. Mas como não acreditar em um time que está focado, em um treinador que gerencia bem o grupo, uma torcida que está chegando junto e uma política interna que não tem atrapalhado como em outros momentos? Impossível, né?!
O Náutico, sem dúvidas, está no caminho certo minha gente.
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