X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Saiba quem é Antônio Fellipe, homem que agrediu mulher por confundi-la como trans

Homem tem passagem em várias delegacias do estado, do litoral ao Sertão


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Saiba quem é Antônio Fellipe, homem que agrediu mulher por confundi-la como trans
No lado esquerdo, o caminhoneiro Antônio Fellipe, no direito, o delegado Diogo Bem. |  Foto: Reprodução da TV Tribuna/Band (Canal 4)

O homem que agrediu uma mulher após confundi-la como trans, Antônio Fellipe Rodrigues Salmento de Sá, 35 anos, já respondeu por vários tipos de inquéritos: crime de receptação, crime de trânsito, crime de exercício arbitrário das próprias razões, crime de porte ilegal de arma de fogo e crime de violência contra a mulher.

Desta vez, é alvo de mais uma investigação e foi preso de forma preventiva por lesão corporal qualificada e “racismo transfóbico”, além de dano - destruição de coisa alheia.

As penas somadas apenas deste último caso, que ocorreu no sábado passado, no Recife, podem levar até sete anos e meio de prisão, além de multa. O racismo transfóbico foi um termo usado pelo delegado de Casa Amarela, Diogo Bem, uma vez que a transfobia assemelha-se ao racismo, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal.

A conduta envolve ódio e intolerância, porém direcionados à orientação sexual. A transfobia é um tipo de preconceito e discriminação semelhante ao racismo e sexismo. Causa muitas mortes no Brasil.

Imagem ilustrativa da imagem Saiba quem é Antônio Fellipe, homem que agrediu mulher por confundi-la como trans
Caminhoneiro cobriu o rosto ao sair da delegacia |  Foto: Reprodução da TV Tribuna/Band (Canal 4)

Pavio curto

Antônio Fellipe é caminhoneiro, de acordo com informações da polícia. Ele é um homem forte, alto e já tentou fazer justiça com as próprias mãos, enfrentando o artigo 345 do Código Penal no passado. Não aprendeu, de acordo com as novas ações filmadas no sábado passado.

O caminhoneiro já teria passado por investigações no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), na Delegacia da Mulher, nas Delegacias de Vitória do Espírito Santo e Arcoverde - as duas últimas respectivamente localizadas na Zona da Mata e Sertão de Pernambuco. O Depatri fica no Recife.

As informações foram reveladas pelo delegado Diogo Bem, ao Jornal da Tribuna, 1ª edição, da TV Tribuna/Band (canal 4), na reportagem de Carlos Simões.

A interpretação do delegado de que houve racismo transfóbico atende ao pedido da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, realizado esta semana. Também atende a OAB-PE.

Aos olhos de pessoas que conviveram de forma afetiva com o caminhoneiro, ele também é um homem, digamos, que costuma desrespeitar a lei no Estado. Inclusive, Antônio Fellipe já teria jogado álcool para tocar fogo em uma de suas companheiras, algo que só ficou conhecido após a viralização da agressão contra a servidora pública no sábado.

O homem com prisão preventiva decretada é considerado violento, na versão de duas antigas namoradas. Importante lembrar, entretanto, que a conduta violenta no sábado passado também foi estimulada pela sua atual namorada, a pessoa que foi contar para ele que havia uma trans no banheiro feminino.

"Você é homem ou mulher"?, indagou o caminhoneiro antes de desferir um murro na vítima. Uma confusão que acarretou a atitude de ódio do homem, na visão da OAB-PE.

O caso também revela um antigo preconceito, que deixa à margem o direito de qualquer pessoa trans de usar um banheiro sem ser olhada de banda.

Ao ser confrontado na delegacia sobre a agressão à mulher cis no restaurante Guaiamum Gigante, caso viralizado, o caminhoneiro engatou uma série de negações.

Embora existam marcas no rosto da vítima, perto dos olhos, ele negou que tenha dado um soco na mulher, negou que seja uma pessoa transfóbica e negou ter qualquer tipo de preconceito. Três negativas e nem estava próximo do galo cantar.

Antônio Fellipe cobriu o rosto com a camisa para não ser gravado pelas câmeras dos repórteres na saída da delegacia. Enquanto ele saia, sem mostrar o rosto, um sinal de vergonha, algum popular gritou: "cobre o rosto agora, mas não cobriu quando agrediu uma mulher".

A lesão corporal qualificada é justamente por ter agredido uma mulher. O caminhoneiro ficará à disposição da Justiça no Centro de Observação e Triagem de Abreu e Lima.

No Brasil, a prisão preventiva pode ser decretada antes mesmo de uma condenação definitiva, ou seja, enquanto o acusado ainda está sendo processado.

Ela é uma exceção à regra geral da presunção de inocência, que prevê que toda pessoa é considerada inocente até que sua culpa seja comprovada de acordo com o devido processo legal.

Sobre a postura do Guaiamum Gigante

Embora o delegado tenha confirmado que qualquer cidadão pode efetuar um flagrante, Diogo Bem deu a entender que a retirada do homem do local após a agressão da mulher, decisão tomada pelo estabelecimento, foi a melhor possível. Segundo ele, o restaurante estava lotado, havia facas em todo local (arma branca), crianças e ainda existiam suspeitas de que ele estivesse armado.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: