Governo de Pernambuco desativa Penitenciária Barreto Campelo em Itamaracá
Com a desativação, moradores e comerciantes da Ilha de Itamaracá esperam um novo ciclo de desenvolvimento para o turismo e a economia local
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Em dia histórico, nesta terça-feira (1º), o Governo de Pernambuco anunciou a desativação da Penitenciária Professor Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá. A retirada dos presos faz parte da Operação Ponto Final e atende a uma reivindicação de mais de duas décadas dos moradores da região.
Com a desativação, moradores e comerciantes da Ilha de Itamaracá esperam um novo ciclo de desenvolvimento para o turismo e a economia local, que definhou nos anos 2000..
A unidade, que abrigava 472 detentos em regime fechado, está sendo esvaziada desde o início do dia.
A mobilização envolve 115 policiais penais, 12 policiais civis, 332 policiais militares, além do Corpo de Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal e equipes de inteligência. O monitoramento ocorre por drones e câmeras de segurança.
“A verdadeira política é aquela que transforma, que constrói, que honra os princípios da Justiça e do bem com. Não precisa de revoluções destrutivas, mas de ações consistentes. Infelizmente. A desativação da penitenciária é a prova de que seguimos caminhos corretos”, comemorou o advogado Ricardo Cabral.
O advogado pertence à Loja Maçônica Acácia de Itamaracá Nº 55 e, com o apoio da prefeitura, na época, entrou com ação civil na Justiça para a retirada dos três presídios da Ilha 2004, ou seja, há 21 anos. Entre inúmeros nomes, ele foi um dos que lutou ativamente para a remoção da unidade prisional do principal balneário mais importante do litoral Norte.
Na época, o governo Jarbas Vasconcelos chegou a recorrer da decisão à Justiça, até por falta de condições de transferir tantos detentos de uma vez só para outras unidades. Mas, em 2010, já na gestão de Eduardo Campos, foram iniciadas as obras do Centro Integrado de Ressocialização (CIR) em Itaquitinga para abrigar parte dos presos de Itamaracá.
A unidade de Itaquitinga foi concluída oito anos depois, na administração de Paulo Câmara, com capacidade para abrigar mil infratores do sexo masculino. No entanto, a gestão de Raquel Lyra (PSDB) informou que os presos da Barreto Campelo serão distribuídos em outros presídios da Região Metropolitana do Recife. Os detalhes sobre o destino dos detentos não foram externados.
BARRETO CAMPELO FOI INAUGURADA NA DÉCADA DE 1970
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, entre vários motivos para fechar a unidade, a decisão de fechar a penitenciária foi motivada pelas condições estruturais precárias da unidade, com problemas no sistema de esgoto e deterioração da muralha e passarelas. A Barreto Campelo operava há 52 anos e era a única penitenciária masculina de regime fechado da ilha.
Para o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, “é um grande avanço para o sistema prisional do estado, pois a desativação da Barreto Campelo significa cuidado e respeito com a população privada de liberdade e os profissionais que lá trabalhavam. Vamos seguir com todas as mudanças necessárias ao processo de ressocialização do apenado”.
Com a desativação da Barreto Campelo, moradores e comerciantes da Ilha de Itamaracá esperam um novo ciclo de desenvolvimento para o turismo e a economia local.
Matéria ainda terá mais desdobramentos (veja mais em breve)
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