Desabamento no Morro da Conceição: perícia aponta falta de manutenção preventiva
O laudo será analisado e incorporado à investigação, que segue em andamento com a realização de novas diligências
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A Polícia Civil de Pernambuco divulgou nesta segunda-feira (2) que a Delegacia do Vasco da Gama recebeu, na tarde do último dia 25, o laudo pericial emitido pelo Instituto de Criminalística (IC) sobre o desabamento do teto do Santuário localizado no Morro da Conceição.
O laudo será analisado e incorporado à investigação, que segue em andamento com a realização de novas diligências para esclarecer completamente o ocorrido.
Segundo o IC, a ampliação do prazo para conclusão do relatório foi necessária devido à complexidade do caso. O processo envolveu a análise de diversos documentos, inspeções em elementos estruturais sem projetos registrados e múltiplas visitas ao local para vistorias detalhadas.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) destacou que, desde o momento do desabamento, equipes operacionais atuaram prontamente no socorro às vítimas, no suporte às famílias e nas investigações do caso.
A investigação continua sob responsabilidade da Delegacia do Vasco da Gama, e o laudo pericial é uma peça importante no processo. No entanto, seu conteúdo permanece restrito.
De acordo com informações divulgadas pelo blog Dellas, o relatório aponta danos significativos à estrutura metálica, incluindo a cobertura e a manta asfáltica. O documento indica que parafusos apresentavam oxidação e deformações acidentais, resultando na perda de fixação.
“A análise revela que as condições observadas nas peças metálicas são consequência de infiltração de água no teto e nas paredes”, detalha o laudo. O texto ainda conclui que o desabamento foi causado, principalmente, pela falta de manutenção preventiva, com fatores adicionais, como o peso das telhas, forro, manta asfáltica e placas solares, contribuindo de forma secundária para o colapso da estrutura.
Complexidade de análises
O documento foi oficialmente encaminhado à Polícia Civil no dia 25 de outubro para integrar a apuração em curso.
“O IC precisou estender o prazo inicialmente previsto devido à complexidade das análises, que incluíram revisão de documentos, avaliação de estruturas sem projeto registrado e diversas vistorias presenciais no local”, informou a SDS.
A reportagem procurou a Arquidiciose de Olinda e do Recife para se pronunciar, mas ainda não obteve respostas. O espaço está aberto.
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