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Cidades

Defesa de Sarí Gaspar quer anulação da pena na trágica morte de Miguel

Mesmo com redução da pena estipulada para ré, defesa vai recorrer da decisão da Justiça


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Imagem ilustrativa da imagem Defesa de Sarí Gaspar quer anulação da pena na trágica morte de Miguel
Na imagem, mãe de Miguel (de branco) aparece sendo abraçada pela deputada Dani Portela, que vem acompanhando o caso desde o início |  Foto: Reprodução das redes sociais

Embora a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) tenha reduzido a pena de Sarí Gaspar Corte Real pela morte de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, a defesa informou à Tribuna Online (da TV Tribuna/Band, Canal 4), que vai recorrer da decisão. A informação foi dada na noite desta quarta-feira (8) pelo advogado Pedro Avelino.

O caso tem repercussão nacional e internacional. Foi considerado como um caso de "racismo sistêmico" em relatório de grupo da Organização das Nações Unidas. Transformou-se na música “2 de junho” na voz de Maria Bethânia e Adriana Calcanhoto.

Por unanimidade, os três desembargadores mantiveram a pena de Sarí Gaspar Corte Real, mas reduziram o tempo da prisão em regime fechado de oito anos e seis meses para sete anos. O julgamento aconteceu no Palácio da Justiça, Bairro de Santo Antônio, Centro do Recife.

Pedro Avelino voltou a defender a anulação da pena. A alegação é de que não houve crime na conduta da ex-patroa da mãe de Miguel. “Não há o que comemorar enquanto a decisão de absolvição não for conseguida. Os embargos de declaração serão interpostos tão logo o acórdão seja publicado”, disse ele.

Imagem ilustrativa da imagem Defesa de Sarí Gaspar quer anulação da pena na trágica morte de Miguel
Mãe de Miguel chorou ao ouvir, mais três vezes, detalhes da morte do filho |  Foto: Reprodução das redes sociais
A morte do meu filho não vai ficar impune. Passou várias vezes [na cabeça] o momento em que encontrei o meu filho no chão. Tudo aquilo que eu vivi, a dor que venho passando. Foi muito difícil Mirtes Renata, Estudante de Direito

Para Mirtes Renata, mãe de Miguel, tem sido doloroso acompanhar todos os tramites na Justiça, porque a forma como o filho morreu é sempre relembrada. Ela defendeu o aumento da pena da ex-patroa, mas não conseguiu.

Mirtes, que agora é estudante de Direito, foi acompanhada no julgamento pela deputada estadual Dani Portela (PSol), que também é advogada. “O julgamento dos recursos foi proferido por três desembargadores. Por três vezes seguidas, Mirtes e Dona Marta precisaram ouvir os passos que levaram a vida do seu Neguinho. Por outras inúmeras as vi chorando. Meu coração ficou partido”, disse ela.

A deputada acrescentou: “Sabemos que haverá mais recursos e mais dias como hoje, onde uma mulher vai precisar ouvir novamente a história do dia que seu filho se foi. Haverá mais dias em que Mirtes e Dona Marta irão chorar enquanto esperam a justiça reconhecer que a vida de Miguel importa”.

Pela manhã desta quarta-feira, o julgamento foi acompanhado pela repórter Luciana Queiroz, do programa Ronda Geral, conduzido por Moab Augusto. O telejornal é na TV Tribuna/Band, canal 4. A advogada de Mirtes falou sobre racismo nos argumentos da defesa.

Saiba mais sobre o caso

Miguel caiu do 9º andar de um prédio de luxo do Recife, em 2 junho de 2020. Sua mãe ( Mirtes Renata Santana de Souza) era empregada doméstica e havia descido do apartamento, a pedido de Sarí, para passear com o cachorro.

Sarí se comprometeu a ficar com a criança por um curto período de tempo. Durante esse período, Miguel expressou o desejo de buscar a mãe, e a patroa permitiu que ele entrasse no elevador sozinho. No quinto andar, Sarí apertou o botão do último piso.

Após a entrada de Miguel no elevador, a ex-primeira dama retornou ao apartamento para ser atendida por uma manicure., no auge da pandemia. O menino, com 5 anos, apertou outros botões de forma aleatória e acabou descendo até o nono andar, de onde caiu acidentalmente minutos depois, resultando em uma queda de uma altura de 35 metros.

Sarí foi presa em flagrante após o incidente, mas foi posteriormente liberada após o pagamento de uma fiança no valor de R$ 20 mil. O processo legal relacionado a esse trágico evento continua em andamento, sem uma conclusão até o momento.

No momento da tragédia, o marido da acusada, Sérgio Hacker (PSB), ocupava o cargo de prefeito em Tamandaré, cidade localizada na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Ele foi acusado de pagar Mirtes com recursos públicos.

Apesar da condenação no ano passado, e da confirmação da condenação agora, Sarí Corte Real permanece em liberdade. A probabilidade de sua prisão imediata é baixa, uma vez que existe a possibilidade de recorrer agora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

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