Primeiro-ministro de Portugal renuncia após ser alvo de operação
Investigação sugere que António Costa tenha agido para facilitar esquemas de lítio e hidrogênio
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O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, renunciou ao cargo, nesta terça-feira (07), após ser alvo de uma operação para apurar suspeitas de irregularidades em negócios ligados à transição energética. A suspeita é de que ele tenha agido para facilitar as transações.
Na manhã desta terça-feira, a polícia portuguesa realizou uma série de buscas em endereços dos suspeitos, incluindo a residência oficial do premiê no Palácio de São Bento, em Lisboa.
No centro das investigações estão negócios relacionados ao lítio e ao chamado hidrogênio verde, dois componentes importantes para os projetos de transição energética da União Europeia. As primeiras informações sobre suspeitas de irregularidades remontam a 2019.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, chefe de Estado do país, aceitou a renúncia de Costa e afirmou que se reunirá, na quarta-feira (08), com líderes dos partidos do país, e decidirão quando novas eleições serão realizadas.
A renúncia não impede que as investigações prossigam e António Costa seguirá sendo investigado pela Procuradoria Geral da República (PGR) portuguesa.
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