Novo ataque a tiros nos Estados Unidos deixa mortos em Maryland
No fim de semana, ao menos outras duas ações do tipo ocorreram, com um saldo de 9 mortos e 28 feridos
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A polícia de Smithsburg, no estado de Maryland, informou que um atirador fez diversas vítimas em uma ação na tarde desta quinta-feira (09).
O xerife local disse que o autor dos disparos não representa mais uma ameaça, mas não especificou se ele foi preso ou morto. O número de mortos e feridos também não foi divulgado.
No fim de semana, ao menos outras duas ações do tipo ocorreram, com um saldo de 9 mortos e 28 feridos, entre Filadélfia, na Pensilvânia, e Saginaw, em Michigan.
Os ataques vêm em meio a uma série de episódios do tipo nos EUA nas últimas semanas. A organização Gun Violence Archive relatou quase 240 tiroteios em massa desde o início deste ano. O número de mortes causadas por armas de fogo, entre homicídios e suicídios, passou de 18,5 mil, segundo dados divulgados no último domingo (5).
No último dia 2, dois ataques foram relatados. O primeiro ocorreu no estacionamento de uma igreja em Ames, em Iowa, durante uma missa. Ao menos duas mulheres morreram, e o atirador se matou na sequência. O segundo ocorreu em Racine, no estado de Wisconsin, durante um velório, com dois mortos.
Antes, no dia 1º, um atirador matou quatro pessoas em Tulsa, no Oklahoma. Segundo a polícia informou no dia seguinte, o homem mirava na ação um médico que havia operado suas costas.
Oito dias antes, um massacre em uma escola do Texas terminou com 19 crianças e 2 professoras mortas. O autor, um homem de 18 anos, portava um rifle AR-15 e, antes de ser responsável pelo pior massacre em uma instituição de ensino infantil no país em uma década, também disparou contra a avó.
O caso na cidade de Uvalde se seguiu a outro episódio, em Buffalo, no estado de Nova York, no qual morreram dez pessoas num supermercado. O autor teve motivações racistas e deve ser indiciado por terrorismo doméstico. Após o ataque no Texas, o presidente Joe Biden fez um discurso emocionado no qual criticou o lobby pró-armas no país e defendeu o controle no acesso a armamentos.
Todos os episódios elevaram a pressão para que o Congresso americano e o presidente Biden proponham e debatam projetos que limitem o acesso a armas ou, ao menos, imponham a exigência de que o comprador apresente antecedentes, como histórico policial.
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