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EU E ELAS

O Viés da Negatividade e o Desafio de Ser Mulher no Século XXI

Como mulheres podem reprogramar o cérebro e vencer o viés de negatividade

Izah Mendonça, Colunista de A Tribuna | 07/11/2025, 03:00 h | Atualizado em 20/10/2025, 15:24
Eu e Elas

Iza Medonça



          Imagem ilustrativa da imagem O Viés da Negatividade e o Desafio de Ser Mulher no Século XXI
Izah Mendonça |  Foto: Aquiles Brum

Vivemos em uma era em que a mulher conquistou espaços impensáveis há poucas décadas. Ocupamos cargos de liderança, empreendemos, cuidamos da família, estudamos, criamos, inspiramos. E, ainda assim, muitas vezes, somos reféns de um inimigo silencioso: o viés de negatividade.

Esse fenômeno psicológico faz com que o cérebro humano se concentre mais nos acontecimentos ruins do que nos bons. É como se cada crítica ecoasse mais alto que mil elogios, e cada erro se tornasse um espelho distorcido que insiste em refletir nossas falhas, não nossas conquistas.

Para as mulheres, o impacto é ainda mais profundo. Crescemos ouvindo que precisamos ser fortes, bonitas, competentes e equilibradas , tudo ao mesmo tempo. A cobrança externa, somada à autocrítica interna, cria um terreno fértil para o viés de negatividade florescer. Basta um comentário maldoso, uma comparação nas redes sociais ou um fracasso momentâneo para colocar em dúvida todo o nosso valor.

Enquanto os homens, culturalmente, são ensinados a se reerguer e seguir, muitas mulheres se paralisam diante da culpa, do medo e da sensação de insuficiência. É como se estivéssemos sempre devendo algo, a nós mesmas, à família, ao trabalho, à sociedade.

Mas reconhecer esse padrão é o primeiro passo para transformá-lo. O viés de negatividade não é uma sentença; é um mecanismo do cérebro que pode ser reeducado. E essa reeducação começa quando escolhemos conscientemente dar atenção ao que é positivo, sem negar os desafios, mas sem permitir que eles dominem nossa narrativa.

Uma das estratégias mais eficazes é a prática diária da gratidão. Anotar, ao final do dia, três pequenas coisas boas que aconteceram muda a forma como o cérebro percebe a realidade. Estudos mostram que esse exercício simples fortalece as conexões neurais ligadas ao otimismo e à resiliência.

Outra ferramenta poderosa é o autocuidado emocional. Fazer pausas, respeitar os próprios limites, buscar terapia ou meditação não são luxos, são atos de sobrevivência emocional. Quando nos permitimos cuidar de nós mesmas, fortalecemos o filtro interno que separa críticas construtivas de ataques destrutivos.

Também é fundamental mudar o diálogo interno. Toda vez que o pensamento negativo surgir , algo do tipo:“não sou capaz”, “não estou bonita”, “fiz tudo errado”, pergunte a si mesma: “isso é fato ou percepção?”. O simples ato de questionar já abre espaço para uma resposta mais racional e gentil.

E, talvez o mais importante, é cultivar redes de apoio femininas. Conversar com outras mulheres que compartilham das mesmas lutas cria uma força coletiva que neutraliza o viés da negatividade. Quando uma mulher elogia outra, ou quando uma história de superação é contada, estamos reprogramando o olhar social, e o nosso próprio olhar, para enxergar o que há de grandioso em ser mulher.

No fim, o que o viés de negatividade tenta nos roubar é justamente o que temos de mais precioso: a confiança. E confiança não nasce da perfeição, mas da aceitação de quem somos, com erros, acertos, fragilidades e toda a beleza que há em ser real.

A mulher que reconhece suas sombras, mas escolhe focar na luz, é aquela que transforma dor em aprendizado, crítica em combustível e medo em coragem.

O mundo já é suficientemente duro. Que sejamos, então, gentis conosco.

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