Torcedores do ES na final da Libertadores
Torcedores de Botafogo e Atlético/MG percorrerão mais de 3 mil km, do Espírito Santo à Argentina, para a final da Libertadores
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A final da Libertadores entre alvinegros está mexendo com os dias de botafoguenses e atleticanos. Com a decisão marcada para o próximo dia 30 de novembro, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina, os torcedores já estão com as malas prontas para partir rumo ao país vizinho.
Seja de avião, ônibus ou de carro, o mais importante para os fanáticos por Botafogo e Atlético/MG é prestigiar e apoiar o seu time do coração em um momento que pode ficar marcado para a história dos clubes.
Robson Vieira, conhecido como Robinho, de 38 anos, é baiano, mas herdou a paixão pelo Botafogo do avô e é presidente da torcida organizada Loucos Pelo Botafogo. “O botafoguense não escolhe, ele é escolhido. Sairemos na terça-feira (26), de ônibus, de Vitória a Buenos Aires, e faremos parte dos mais de 40 mil botafoguenses que estarão lá”, disse.
Outro torcedor do Glorioso, Luiz Henrique viajará de avião na quarta-feira (27). “Desde o início da Libertadores já estava decidido ir para a decisão. Eu sempre falava pra minha mulher que, se o Botafogo chegasse à final, eu iria de qualquer jeito. Mesmo na pré-Libertadores, quando pouca gente acreditava que passaríamos, eu acreditava. A força de vontade e a garra do time me motivaram ainda mais”, contou.
O casal atleticano João Paulo Máximo e Raquel Máximo, ambos de 43 anos, vão aproveitar para passear no país argentino durante alguns dias.
“Resolvemos ir, junto com um casal de amigos, e depois do primeiro jogo do Galo contra o River, quando ganhamos de 3 a 0, já tínhamos decidido. Vamos primeiro para o Uruguai, chegando em Montevidéu de avião, e de lá pegaremos o ferryboat (balsa) para Buenos Aires”, revelou João Paulo.
“Iremos um pouco antes para curtir. Saímos no dia 27, chegamos em Buenos Aires no dia 28 e ficamos até o dia 3. Queremos aproveitar ao máximo. É uma experiência única, e, apesar de custar bastante, estamos confiantes. Vai dar Galo”, concluiu.
Viagens de carro, ônibus e avião
Uma viagem de gerações. Assim será para Renato Franco, atleticano de 49 anos, que irá, de carro, com seu filho Albert, de 23, e seu pai Jorge, de 77.
“Foi meu pai quem animou. Ele tem quase 80 anos, e meu filho sugeriu: vamos de carro, pai, você topa? A princípio achei uma loucura, mas ele disse: pode ser a última vez que nós três vamos juntos a um jogo do Galo, ainda mais em uma final de Libertadores. Aí o coração amoleceu, falei pra comprar os ingressos e organizar tudo”, explicou Renato.
Já as amigas Danielle Versiani, atleticana, e Rafaela Gobi, botafoguense, irão de ônibus. E o torcedor do Galo, Philipp Castilho, 38, vai de avião após comprar a passagem de forma antecipada.
“Comprei a passagem em agosto, com a confiança em altíssimo nível. Sempre acreditei que o Galo estaria lá, então, como bom torcedor, planejei tudo com antecedência. Vou dia 28 e volto no dia 3 de dezembro. Saio sozinho daqui de Vitória, mas encontrarei um grupo de amigos de Belo Horizonte lá”, falou.
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O casal de botafoguenses Conrado Amorim, 40 e Rafaela Gobi, 37, vai de excursão para a final: “Está difícil dormir, trabalhar, pensar em outra coisa. Ansiedade lá em cima”, confessou Conrado, que ficou conhecido nacionalmente pela sua máscara do Pit Bull Alvinegro. “No jogo entre Botafogo e Palmeiras pela Libertadores, eu apareci em vários sites de esportes, na ESPN e até no site da Libertadores por causa da máscara de cachorro que usei”, contou.
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As atleticanas Danielle Versiani, 50, e Luyza Marina, 26, moradoras de Vila Velha, irão até Belo Horizonte para pegarem a caravana organizada pelo Atlético/MG. “A gente sai daqui na terça-feira (26) à noite pra BH e de lá vamos andar 35 horas até Buenos Aires”, revelou Danielle - que é presidente da torcida Galo Capixaba na cidade canela-verde. “Estou confiante porque, em jogo único, tudo pode acontecer. Temos os mesmos 90 minutos que o Botafogo para ganhar”, disse Luyza, que herdou a torcida pelo Galo de sua avó - uma das únicas atleticanas da família.
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Os botafoguenses Gustavo Fernandes, 35, Alex Sander, 27, Antônio Júnior, 36, e Carlos Neves, 36, irão de avião, direto de Vitória até a capital argentina. “Chegaremos lá na terça-feira (26) e já vamos iniciar a festa, porque, como vocês sabem, a contagem regressiva para o sábado já começou”, afirmou Gustavo. “É hora de fazer história e mostrar que o melhor time da América é preto e branco e vem do Rio de Janeiro”, acredita Alex, botafoguense graças ao pai.
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Nikolai Abadjieff, 35, mineiro de BH, mora em Vitória desde 2022 e vai fazer uma viagem “bate e volta”. Isso porque, ele vai pousar no país sul-americano no dia da decisão e retornar já no dia seguinte. “Acho que chegar às finais duas copas foi muito mérito do treinador. O Milito é copeiro e soube administrar o time em três competições. Abrimos mão do Brasileirão para focar nas copas, e fomos eficientes. Para não repetir a final contra o Flamengo, o esquema tático precisa ser ajustado. Com o Deyverson à disposição, o time fica mais cascudo”, opinou.
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