Com capixabas, equipe de ginástica rítmica estreia nas Olimpíadas nesta sexta-feira
Brasileiras estão embaladas por uma medalha de prata conquistada na última etapa da Copa do Mundo
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A equipe brasileira de ginástica rítmica estreia nas Olimpíadas, nesta sexta-feira (9), embalada por uma medalha de prata conquistada na última etapa da Copa do Mundo, na Romênia, em julho deste ano. A Bulgária ficou com o ouro e Israel, forte concorrente, com o bronze.
Aos 20 anos, Maria Eduarda de Almeida Arakaki é a capitã da seleção e uma das três remanescentes da campanha em Tóquio-2020. Além dela, Nicole Pircio e a capixaba Déborah Medrado seguem no time, que ainda tem as estreantes Victória Borges, Sofia Madeira, também do Espírito Santo, e Bárbara Galvão (reserva).
"Nosso resultado na Copa do Mundo da Romênia foi muito importante para nós, foi um reforço muito positivo e chegamos mais confiantes. Sabemos que temos duas séries muito competitivas e, fazendo elas com excelência, estamos ali na briga pelo pódio. Nosso foco é cravar nossas séries e trazer um resultado inédito para o nosso país", disse Arakaki.
A final da disputa por equipes está marcada para o sábado (10), às 9h. As classificatórias do individual geral acontecem antes, na quinta-feira (8), às 5h e às 10h, e a final, na sexta (9h30).
Para a técnica da seleção, Camila Ferezin, manter uma base em relação aos Jogos de Tóquio foi importante porque promove uma troca de experiências em Paris.
"Elas [veteranas] estão entre as melhores, em um outro cenário, e passando para as outras duas que chegaram agora, que vão estrear, essa tranquilidade, essa experiência que faz toda a diferença, principalmente nos detalhes que definem as Olimpíadas", afirmou.
Segundo a capitã da seleção, competir três anos atrás foi importante para que o time pudesse entender o quanto é capaz, além de mapear as necessidades para esse novo ciclo.
"Chego diferente, mais confiante, mais experiente. Cada vez mais, o nosso trabalho está vindo, trazendo frutos muito grandes. A experiência de Tóquio foi a mais impactante da minha vida, foi a virada de chave, foi a experiência que me fez crescer e amadurecer muito, não só como atleta, mas também como pessoa."
Para ela, a equipe tem condições de ganhar uma medalha, mas não quer o "peso de favoritismo". "A gente continua focado em cravar nossas coreografias, em acertar na quadra tudo aquilo que elas vêm treinando, esse é o objetivo principal, o resto é consequência."
"Quem está de fora, com certeza, pode ter a esperança e torcer por uma medalha inédita para o nosso país."
A melhor posição que o Brasil conquistou na modalidade em Olimpíadas foi o oitavo lugar, em Sydney-2000 e Atenas-2004.
Como funciona a modalidade?
Ela é composta por cinco aparelhos.
- Fita: é formada por uma vareta com uma fita na ponta. As atletas usam o instrumento para desenhar formas como espirais e serpentinas.
- Bola: a atleta precisa fazer acrobacias com a bola em conjunto com o corpo. A maioria dos exercícios envolvem percorrer a bola pelo corpo, como braços e pernas, de forma fluida. Vale jogá-la pra cima enquanto executa acrobacias também.
- Arco: ele é parecido com o que se chama popularmente de bambolê. Mas a atleta precisa executar exercícios muito mais diversos do que girá-lo na cintura.
- Corda: nas provas de corda, o objetivo é executar acrobacias e girar a corda em diferentes direções e formatos. Vale fazer os exercícios até com ela dobrada.
- Maças: elas lembram claves de palhaços, aqueles bastões usados para fazer malabarismo. A ginasta deve fazer acrobacias com o corpo combinadas ao uso das maças, como soltá-las, executar uma cambalhota e pegá-las no ar no final do movimento.
A rotação olímpica faz com que, de dois em dois anos, um aparelho seja retirado da competição. Desta vez, o arco está de fora.
Como na ginástica artística, as notas são avaliadas em duas partes: dificuldade e execução.
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