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Esportes

O que explica sul-americanos como sedes só de três jogos da Copa 2030

No mundo ideal da Conmebol, Uruguai, Argentina e Paraguai poderiam receber o Mundial inteiro


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Imagem ilustrativa da imagem O que explica sul-americanos como sedes só de três jogos da Copa 2030
O que explica sul-americanos como sedes só de três jogos da Copa 2030 |  Foto: REBECCA BLACKWELL/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A confirmação no Congresso da Fifa de que a América do Sul receberá três jogos da Copa do Mundo de 2030 é fruto de um acordo envolvendo várias pontas.

No mundo ideal da Conmebol, Uruguai, Argentina e Paraguai poderiam receber o Mundial inteiro. Sob o argumento de comemorar o centenário da competição, cuja primeira edição ocorreu em solo uruguaio.

Mas essa proposta não vingou. Sobretudo pelo desejo da Uefa de sediar novamente a Copa do Mundo —a última em solo europeu foi em 2018, na Rússia.

A candidatura ibérica de Portugal e Espanha teve muita força. Com acréscimo de Marrocos, abraçou também os votos da África.

Nesse cenário, se a América do Sul fosse se chocar com os votos de europeus (55) e africanos (54), já sairia perdendo e por muito entre os 211 membros ativos da Fifa.

COMO FICA O TORNEIO

Em vez de uma candidatura solo, que pudesse gerar uma disputa no voto, a Conmebol topou um desenho inédito.

Uruguai, Argentina e Paraguai receberão um jogo cada um na rodada de abertura da Copa. O resto do torneio será dividido entre Portugal, Espanha e Marrocos.

Na candidatura do lado de lá do Atlântico, os três países colocaram 20 estádios à disposição. Há três hipóteses para a final: Santiago Bernabéu (Madri), Camp Nou (Barcelona) e Grand Stade Hassan II (Casablanca).

Na América do Sul, o Centenário é o palco uruguaio, como em 1930. Em Buenos Aires, o Monumental de Núñez. No Paraguai, há um projeto de um novo estádio Nacional, além do Defensores del Chaco.

INFANTINO EXALTA ACORDO

No Congresso desta quarta-feira (11), o presidente da Fifa, Gianni Infantino, valorizou o grande acordo mundial que culminou não só com o desenho da Copa 2030, mas também a escolha da candidatura única da Arábia Saudita como sede do Mundial em 2034.

"Eu agradeço aos presidentes das confederações e os membros da Fifa pela visão, coragem e liderança. E pela decisão unânime de alcançar um compromisso histórico, um consenso, um acordo para apresentar a todos uma proposta única que verdadeiramente une o mundo. Isso só foi possível porque houve entendimento e respeito pelos outros. Todo mundo se movimentou um ou mais passos em direção ao outro. Todo mundo renunciou e desistiu de algo para o benefício de todos, para o bem maior. Esses são os valores que estão no coração da Fifa e do futebol", disse Infantino.

Para o presidente da Conmebol, seria impensável ignorar a força histórica de trazer a Copa de volta à América do Sul em 2030.

"Temos que recordar que o primeiro Mundial foi no Uruguai. Que se propôs como anfitrião do Mundial. O Congresso da Fifa só é o que é porque jogou no Uruguai", disse Alejandro Domínguez.

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