X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Esportes

Gramado sintético entra na pauta dos clubes e pode ser vetado no Brasileirão

Apenas Athletico-PR, Botafogo e Palmeiras mandam seus jogos em estádio com grama sintética


Ouvir

Escute essa reportagem

A CBF anunciou, nesta terça-feira, as mudanças para o Campeonato Brasileiro de 2024, que começa em abril. A reunião que bateu o martelo nas novidades também discutiu um velho tema: os gramados sintéticos. O debate reuniu, além da própria confederação, os clubes da Série A e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf).

Apenas Athletico-PR, Botafogo e Palmeiras mandam seus jogos em estádio com grama sintética. O clube paulista, contudo, tem jogado na Arena Barueri, de grama natural, até que os problemas do Allianz Parque sejam resolvidos.

O Atlético-MG tem planos de instalar grama sintética na Arena MRV, inaugurada ano passado e já com críticas ao campo. Há uma mobilização de outros clubes para um veto aos "tapetes". Um comitê vai passar a debater a questão, prevendo uma possível proibição, mas não há chances de isso acontecer ainda em 2024.

Entre os clubes, é possível perceber defensores mais intensos em cada um dos lados. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, defende a manutenção dos gramados sintéticos. Até mesmo um desempenho baixo em gramados sintéticos diante de adversários como São Paulo, Flamengo e Fluminense é citado como argumento.

Do outro lado, um exemplo é Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, que é crítico a esse tipo de piso. Apontam-se prejuízos na performance esportiva e aumento de lesões. A CBF não considera as análises feitas até então como conclusivas e quer chegar a uma avaliação própria a partir de uma consultoria estrangeira e de uma Comissão de Médicos. O debate será levado também a representante dos clubes das Séries B, C e D.

Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa especializada em infraestrutura esportiva e que já instalou mais um milhão de metros quadrados de gramados sintéticos esportivos, aponta a análise financeira que também deve ser feita por trás dessas decisões.

"Não há mais dinheiro público para financiar estádios de futebol e a conta precisa fechar para os clubes. Manter um gramado natural de boa qualidade custa caro e quase inviabiliza o multiuso do estádio", pontua.

DISCUSSÃO OPÕE PALMEIRAS E SÃO PAULO, QUE VIVEM TENSÕES DESDE O ÚLTIMO CLÁSSICO

O assunto é mais um elemento na rivalidade entre Palmeiras e São Paulo. Os clubes estão com relações acirradas desde o último clássico, empatado por 1 a 1, no MorumBis, no último domingo, dia 3. Nos últimos anos, a equipe tricolor relata lesões importantes na casa do adversário.

Um grupo formado pelo São Paulo, como representante da Libra, e outros quatro clubes da Liga Forte Futebol (LFF) posiciona-se contra o gramado artificial. O contra-argumento palmeirense é a falta de discussão sobre a qualidade mínima dos gramados naturais. Em 2023, Maracanã, Mineirão e Mané Garrincha foram alguns dos estádios criticados pela grama. Os três sediaram jogos da Copa do Mundo, há 10 anos. A CBF ainda não se posiciona, mas deixa claro que o veto só seria possível a partir do próximo ano.

QUAL O IMPACTO DO GRAMADO SINTÉTICO NO JOGO?

Conforme levantamento feito pelo Estadão em novembro de 2023, considerando os resultados de cada uma das equipes na última e primeira temporada após a implementação do gramado sintético, Athletico-PR e Botafogo tiveram melhora de desempenho.

Em 2016, o clube paranaense saltou de 63,9% de aproveitamento para 79,8% - crescimento equivalente a 25% nos pontos ganhos. Naquela temporada, a equipe garantiu inclusive a classificação para a Libertadores de 2017 e perdeu apenas duas partidas; em 2015, haviam sido quatro derrotas.

Em 2022, o Botafogo teve apenas 49,5% de aproveitamento em casa, com 13 vitórias e 12 derrotas. Já na última temporada, desde abril, quando foi inaugurada a grama sintética do Estádio Nilton Santos, teve 100% de aproveitamento no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, que alçou o time à liderança isolada na época.

Na contramão, o Palmeiras foi o único dos três clubes que observou uma queda em seu aproveitamento após a instalação do gramado sintético. Em 2019, conquistou 78% dos pontos; na temporada seguinte, a primeira com o novo tipo de grama, 70,4%.

INTENSIDADE DO CALENDÁRIO É VILÃ PARA GRAMA NATURAL

Maracanã e Mineirão sofreram críticas, principalmente desde que a discussão grama sintética x grama natural evoluiu. Uma das dificuldades nos estádios com gramado natural é a recuperação do campo, que costuma receber dois jogos por semana. Em 2023, o estádio carioca sediou mais de 70 partidas. O Mineirão, 32.

"Com o volume de jogos que temos e com a necessidade de garantir a operação dessas partidas, a viabilidade do gramado natural é quase nenhuma no Brasil. O questionamento que fica é: preferimos uma grama sintética em boas condições ou um gramado natural esburacado?", reflete Schildt, da Recoma.

Os shows em estádios também prejudicam a recuperação, assim como a chuva. Por outro lado, a grama sintética não é garantia de qualidade após uma apresentação. Um caso que ilustra isso é a reclamação de Abel Ferreira sobre as "miçangas" deixadas no Allianz Parque após apresentações da cantora Taylor Swift.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: