Gabigol elogia Diniz, acredita estar no auge e diz que recusaria Cruzeiro se Tite fosse técnico

Depois de entrar no gramado do Mineirão e receber o carinho de 45 mil torcedores, Gabigol concedeu a primeira entrevista coletiva como jogador do Cruzeiro. O atacante promete se conectar com Dudu e Matheus Pereira e elogiou o trabalho de Fernando Diniz. Durante a conversa, ainda sobrou para Tite, em provocação do dono da SAF do clube, Pedro Lourenço.

“Se fosse para vir um técnico aí, ele (Gabigol) não vinha não”, brincou Pedrinho, ao que o jogador completou: “Eu não falei, mas vou falar agora: É verdade”. O atacante viveu desavença com o treinador ainda no Flamengo, em 2024.

Gabigol evita prometer títulos, mas garante que o Cruzeiro “vai incomodar”. Ele também defende que, aos 28 anos, está no melhor momento da vida “dentro e fora de campo” e coloca como um objetivo o retorno à seleção brasileira. “Primeiro, sempre colocar Cruzeiro na frente. Com todo carinho e esforço que fizeram por mim, eles merecem estar na frente de tudo. E depois a seleção é um objetivo. Não só meu, tem jogadores aqui que são de seleção”, avaliou.

“Eu tenho 28 anos só. Parece que eu tenho mais. Sou muito novo. Creio que vivi bastante coisa. Se olhar lá atrás, minha carreira é vitoriosa e com números expressivos. Estava em um grande clube, seis anos. É um bom tempo. Espero em adaptar ao estilo de jogo do treinador, os companheiros que estão ao lado. Muita coisa no outro time se resolvia com entrosamento”, falou sobre a mudança do Rio para Belo Horizonte.

Fernando Diniz falou e Gabigol ainda conversaram pouco, segundo o atacante, mas terão chance de se aproximar na pré-temporada nos Estados Unidos, onde a equipe disputa a FC Series. O trabalho do treinador foi elogiado pelo novo cruzeirense, que defende o “jogar bonito”.

“Tudo que é autoral já é incrível. Hoje em dia tudo se copia, né? Tenho várias dúvidas, mas só o tempo vai tirar. Ter um jogador que joga para frente e corre o risco, entender que o risco vale e a torcida entender que o Cruzeiro joga assim... é difícil, já sofri muito (contra Diniz)”, disse com um riso.

Gabigol é Cabuloso! ??#ApresentaçãoCabulosa pic.twitter.com/FMQcWLlz6q

— Cruzeiro ?? (@Cruzeiro) January 4, 2025

“Ele se molda com os jogadores que tem. Ele me conhece muito bem, conhece os jogadores que tem aqui. Vamos fazer o possível para entregar um jogo bonito. A torcida do Cruzeiro vem para o estádio para se divertir, não para sofrer. Seria muito fácil chutar a bola para frente e ficar brigando lá, mas com o Diniz não vai ser assim. Queremos ter a bola, jogar para frente e fazer os gols”, projetou.

Gabigol revela que ida ao Cruzeiro já era para ter acontecido e anseia por clássico contra o Atlético-MG

A chegada de Gabigol ao Cruzeiro acontece depois de meses de especulação. Quando anunciou que não renovaria com o Flamengo, o atacante foi apontado como novo reforço cruzeirense. Ele negou que já havia acordo e chegou a receber propostas do Santos e de fora do País. Neste sábado, Gabigol disse que já teve chance de atuar pelo time antes, mas lembrou que o clube vivia momento difícil, com recuperação de dívidas e retorno da Série B.

“Isso já era para ter acontecido um tempo atrás. É um clube em que me enxerguei jogando. Claro que eu sabia que seria difícil pelo momento que o clube passou, mas vejo se reerguendo. Ano passado já chegou na final da Sul-Americana, tem uma torcida imensa, que lota estádios, uma camisa linda, que sempre me chamou atenção”, confessou.

O jogador ainda prometeu o Cruzeiro como uma pedreira para os adversários, ainda que pregue “pé no chão” quanto a conquistas. “Temos grandes jogadores, claro que a torcida fica ansiosa por títulos. Não tem como prometer que vamos ser campeão de tudo. Mas que o Cruzeiro vai incomodar, realmente vai. Os outros times vão ter que respeitar”, disse.

A temporada de 2024 de Gabigol foi envolta em polêmicas, como a suspensão por fraudar o exame antidoping e o desentendimento com Tite. Entretanto, o ano terminou com dois gols dele na final da Copa do Brasil contra o Atlético-MG. Ele já anseia o próximo encontro com o novo rival.

“Nunca vivi uma rivalidade assim tão grande. Respeito muito o Atlético. É um grande clube. O maior de Minas é o Cruzeiro. Vamos jogar contra eles como qualquer outro time. O Cruzeiro tem que se impor”, analisou. Ele ainda contou que encontrou o rapper Djonga, torcedor atleticano, durante as férias e provocou o amigo: “Estou chegando em BH e já tenho história, porque o primeiro título lá (na Arena MRV) fui eu que ganhei”, brincou.