Indicada a prêmio, rapper Budah lança álbum
Capixaba, que concorre ao BET Hip Hop Awards, está divulgando o projeto “Púrpura”, com convidados como Duda Beat e TZ da Coronel
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O ano de 2024 tem sido ótimo para a cantora e rapper capixaba Budah. Além de ser indicada ao BET Hip Hop Awards na categoria Melhor Flow Internacional, ao lado dos veteranos do Racionais MCs, ela acaba de lançar seu primeiro álbum.
O aguardado projeto, intitulado “Púrpura”, chega pela gravadora Universal Music Brasil após uma jornada de sete anos no mundo da música. Djonga, Duda Beat, Azzy, Delacruz, TZ da Coronel, MC Luanna, Thiago Pantaleão e Day Limns são os convidados do trabalho.
O aguardado projeto, intitulado “Púrpura”, chega pela gravadora Universal Music Brasil após uma jornada de sete anos no mundo da música. Djonga, Duda Beat, Azzy, Delacruz, TZ da Coronel, MC Luanna, Thiago Pantaleão e Day Limns são os convidados do trabalho.
“Não me incomodo com o tempo que levou para lançar esse disco... Acho que estou em um ótimo momento da carreira e não poderia ser em outro período, sabe? É realmente um sonho poder concretizar isso em uma fase tão boa da minha vida, com a estrutura que tenho hoje”, comemora a artista, em bate-papo com A Tribuna.
Considerada uma das vozes mais promissoras da nova geração do R&B e rap nacional, com 3,6 milhões de ouvintes mensais no Spotify, Budah explora o amor em suas diferentes formas no projeto.
“A gente aborda todas as facetas dele: amor-próprio, o amor que dói, o amor que ama, a saudade dos amigos que amamos, o amor na fé, e por aí vai”.
O álbum é lançado após a cantora ser um dos dois nomes brasileiros indicados ao BET Hip Hop Awards 2024. Ela e o renomado grupo Racionais MCs disputam a categoria Melhor Flow Internacional junto de artistas de destaque da África do Sul, França, Nigéria e Reino Unido.
A capixaba esteve presente na cerimônia da premiação, na última terça-feira, em Las Vegas (EUA), mas a transmissão, com a divulgação dos ganhadores, acontecerá apenas nesta terça-feira (15).
ENTREVISTA | Budah cantora, rapper e compositora: “Caminho é mais difícil para mulheres”
A Tribuna - Finalmente estamos falando do 1º álbum, após sete anos de carreira. Em algum momento acreditou que esse dia não chegaria?
Budah - Não! (Risos) Sempre soube que esse dia ia chegar, porque todo artista precisa lançar um álbum ao longo de sua carreira. É realmente um sonho poder concretizar isso em uma fase tão boa da minha vida.
Quanto tempo esse disco precisou para ficar pronto?
Foi um processo de um ano e meio até chegarmos a entender que ele realmente estava pronto. Comecei a pensar nele logo após assinar com a Universal Music Brasil, enquanto preparava meu EP, que também lançamos por lá. Algumas faixas eu já produzia separando para o EP, e outras pensando em juntar no álbum.
O amor é um tema que sempre fará parte da sua música,? Por que ele está tão presente?
Acredito que falo muito de amor por influência das músicas que sempre ouvi durante a minha vida. Sempre ouvi canções românticas em todos os gêneros, seja no R&B, no pagode ou na MPB, então isso acaba refletindo em como eu escrevo e canto.
Há alguma música do disco em que você fala sobre outro assunto?
Acho que a música que mais foge do tema de amor é “Maré”, que fala sobre as batalhas que a gente enfrenta ao longo da vida, mas que o final é sempre recompensador.
Qual dessas parcerias foi a realização de um sonho?
Nossa, acho que todas! A agenda de todo mundo é muito cheia, e cada um reservou um tempo para participar desse projeto. Então, cada participação foi muito especial para mim.
Qual foi a parceria mais ousada e desafiadora do disco? Por quê?
Acredito que a mais ousada é “Visão”, porque tem a participação de Duda Beat, algo que talvez o meu público não esperasse tanto. Mas, com certeza, ela deu outra roupagem para mim e para o Thiago Pantaleão nessa música.
No álbum, você traz convidados do pop. Quer furar a bolha do rap e, por que não, se tornar uma diva pop?
Mais ou menos. Na verdade, não gosto de me rotular, e nesse álbum quis mostrar tudo que eu gosto de fazer. Eu gosto de rap, R&B, trap, MPB, pop. As pessoas só me viam cantando rap ou gêneros parecidos, então quis mostrar que também gosto de fazer outras coisas.
Mesmo gravando com grandes nomes da música nacional, você segue trabalhando com produtores locais, como é o caso do Tibery. É uma forma de manter suas raízes e de retribuir o carinho de quem esteve com você desde o início?
Com certeza! Sempre que eu puder fortalecer quem me fortaleceu” no início, vou fazer. Além da amizade, a gente construiu uma ótima relação profissional, e eles já sabem trabalhar comigo, conhecem meus gostos, o que facilita tudo.
Como lida com a responsabilidade de ser indicada ao lado do Racionais MCs, um grupo tão renomado?
É surreal! Claro que ganhar seria incrível, mas só de ser indicada e ter estado em Las Vegas no dia já foi uma experiência e tanto para mim e para a minha carreira.
A polêmica do rapper P. Diddy, que tem sido acusado de tráfico sexual, revela uma indústria da música ainda dominada por homens e seus desejos. Como mulher, sente que foi mais difícil chegar onde está?
Me sinto bastante respeitada na cena pelos artistas e pelas pessoas da indústria, mas, com certeza, o caminho é mais difícil para mulheres. Tive que me desdobrar muito para ser vista no Brasil, porque o rap sempre foi dominado por homens. Mas sinto que isso vai mudar em breve. As mulheres sempre tiveram um cuidado maior com as estruturas.
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