Memórias e ficção de Chico em Roma
Em “Bambino a Roma”, o escritor e músico se baseia em período de sua infância. Mas fica a dúvida se suposto abuso foi ou não real
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Na capa de seu novo livro, “Bambino a Roma”, Chico Buarque fez questão de destacar o gênero da obra, “ficção”. Mas isso só deixa o leitor com um a grande dúvida: será que é tudo ficção mesmo?
A obra seria baseada nas memórias do artista durante um curto período de sua infância vivido na Itália, entre 1953-54, quando seu pai, o historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda (1902-1982), foi contratado como professor em uma universidade italiana.
E entre os acontecimentos narrados por Chico no livro há simplesmente a descrição de um suposto abuso sexual sofrido pelo então garoto por um professor.
“Foi na escola americana, em Roma, que mister Welsh passou a mão na minha bunda. Eu tinha uns nove anos e estranhava um pouco aquele cacoete do professor”, diz um trecho do livro.
Em um dos capítulos, ele avisa: “Todo mundo sabe que, com o avanço da idade, a memória remota vai se desvelando”. Essa é a deixa para que fique a dúvida se as histórias do livro são reais ou não.
Serviço
“Bambino a Roma”
Autor: Chico Buarque
Arte de Capa: Raul Loureiro
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 168
Preço: R$ 77,61
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