Suspense e humor com Kristen Stewart
Obra está nos cinemas
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Corpos suados com músculos definidos e veias à flor da pele, a academia é um bom lugar para o flerte. Especialmente em uma cidade no meio do deserto de Nevada, na década de 1980. É lá que a nova personagem de Kristen Stewart, Lou, irá se apaixonar violentamente – ao pé da letra – por uma fisiculturista.
Agindo quase como um determinismo geográfico para filmes que misturam assassinatos e paixão, o cenário desértico impediu que “Love Lies Bleeding”, de Rose Glass, fosse apenas romântico.
Com uma mixagem tarantinesca de violência, suspense e humor, o filme, que está nos cinemas, é um neonoir lésbico que vai na contramão da produção de filmes de época ou centradas na homofobia que ebuliu a partir de 2013.
“Estamos na época e no lugar dos Estados Unidos em que acontecem esses filmes de suspense. A paisagem, as lanchonetes e os amantes com armas são familiares”, diz Glass.
E, segundo a diretora, ninguém melhor que Kristen Stewart para o papel. “Adoro ela como galã mal-humorada”, diz. O título foi conferido à atriz desde “Crepúsculo”, a saga juvenil vampiresca que virou febre na década de 2010 e que lançou ela e Robert Pattinson ao sucesso.
No filme, Lou leva uma vida tediosa como gerente de academia depois de romper com o pai, o poderoso chefão do tráfico de armas na região.
Jackie fugiu de casa para participar de uma competição de fisiculturismo em Las Vegas. Basta uma noite para que as duas se apaixonem e Jackie se mude com Lou, que tira as gemas de seus ovos todas as manhãs e lhe dá esteroides.
Também não demora para que elas se envolvam em uma série de assassinatos para ficarem juntas. “Eu queria algo mais úmido, violento, sombrio e engraçado”, diz Glass.
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